segunda-feira, 30 de julho de 2018

ASCLEA CONCEDERÁ DIPLOMA DE BENEMÉRITO A MARCOS SANTANA


O prefeito Marcos Santana de Azevedo será homenageado com o diploma de Benemérito da Academia Sancristovense de Letras e Artes (ASCLEA), na solenidade natalícia da entidade que acontecerá dia 1º de agosto, no auditório do Museu de Arte Sacra de São Cristóvão, a partir das 14 horas. De acordo com o texto que oficializa a decisão da assembleia ascleana o gestor é um exemplo de agente cultural “engajado na revitalização dos eventos da cidade, a exemplo do FASC, Carnaval e São João”. Um outro mérito destacado é sua “disposição em trabalhar o sentimento de sancristovidade, algo que transcende o lugar de nascimento, protagoniza, inspira e transforma a cidade “Mãe de Sergipe”, como frisa o lema da sua gestão”. 

Segundo Thiago Fragata, Presidente da ASCLEA (2017/2018), “reconhecer a contribuição do prefeito Marcos Santana no cenário cultural é uma questão de justiça. Não precisa ter memória de historiador para recordar a falta de comprometimento das gestões passadas com os nossos eventos tradicionais”. 

O evento que é parte da programação do VIII Aniversário da Chancela da Praça São Francisco Patrimônio da Humanidade empossará 6 acadêmicos, anunciará 2 correspondentes e diplomará 2 beneméritos. 




sábado, 28 de julho de 2018

JOSÉ CRUZ NETO



Acadêmico da ASCLEA desde 1/8/2018. Nasceu em Aracaju SE, no dia 24 de maio de 1973. Filho de Edna Maria Santos Cruz e neto do casal José Cruz e Alda Santos Cruz.. Casado com Júlia Xavier Cruz, no qual tem dois filhos Ana Helena e José Lucas, é também pai de outros 4, sendo eles: Juliana, Júlio, Caio e Laura.

Desde cedo gostou de praticar esportes, tais como: basquete, natação, Futsal, Tênis e Vôlei. Sendo esse último onde teve destaque, representando varias vezes o estado de Sergipe em competições nacionais, como também o estado da Bahia, representando o Clube Grapiúna da cidade de Itabuna e o estado de Pernambuco, representando o Sport Club do Recife. Despertou o interesse pela literatura e pela música, na vivencia do esporte, pelo motivo das viagens e concentrações ter como companheiro um livro e o violão.

Cursou o primário na escola Pequeno Escolar e Colégio Brasília. O Ensino Médio cursou no Colégio Unificado. No ano de 1999, ingressou na Faculdade de Educação Física Montenegro, na cidade de IBICARAÍ-BA, concluindo o curso no ano de 2003.

Em 2004, começou o curso de Direito na UNIT. Em 2005, prestou concurso para o cargo de professor de Educação Física da Rede Estadual de Alagoas, passando em 6º lugar. Com o êxito da aprovação no concurso, foi obrigado a trancar a faculdade de Direito para tomar posse do cargo, na cidade Alagoana de Piranhas, na Escola Estadual José Sena Dias, no Distrito Piau, ocorrido no dia 17 de maio de 2006. Em 2007, prestou concurso para a Prefeitura Municipal De Canindé do São Francisco, onde também foi aprovado para lecionar na Escola Municipal Antonio José dos Santos, localizado no povoado Nova Vida.

Músico e cordelista, escreveu seu primeiro livreto, uma homenagem à sua vó, com o título “Homenagem a Alda Cruz” e o segundo “Alegria do Nortista, Aperreio do Turista”

Aos 45 anos, José Cruz Neto “JR NEGÃO”, considera-se um discípulo da cordelista Alda Cruz, a qual é sua vó, onde o mesmo tem o maior carinho e amor por ela, tendo orgulho de seguir seus passos até na ASCLEA.


JOSÉ CRUZ
PATRONO – CADEIRA N. 15 

O Senhor José Cruz, era Sergipano da cidade de Ribeirópolis, nasceu em 04 de março de 1925. Os pais José e Maria da Invenção lhe deram tudo o que um menino precisa e gostaria de ter: educação, respeito ao semelhante, entre outras qualidades.

Aos sete anos de idade, o menino José Cruz e seus pais, vieram morar em Aracaju. Logo então, procurou se agarrar ao que a vida na capital pudesse lhe oferecer. Foi aprendiz de sapateiro, na sapataria de Zé de Eva na antiga rua João Pessoa pelo dia, e a noite frequentava a escola. Seus pais comercializavam camarão no mercado da capital. 

Sua paixão, era servir a Pátria. Assim que atingiu a maioridade, alistou-se no Exército Brasileiro, pois para ele, era uma forma de galgar na vida social. 

Foi justamente na época em que o Brasil mais precisava dos seus filhos, para defendê-lo no front. Porém uma coisa impedia que o soldado José Cruz realizasse esse sonho: era arrimo de família. Mesmo assim, contrariando a lei, embarcou para o Rio de Janeiro, e ficou no depósito da FEB (Força Expedicionária Brasileira) durante três anos, aguardando o momento de seguir para a guerra. Em 1945, a guerra chegou ao fim, e com isso retornou para Aracaju como ex-combatente com o posto de 3º Sargento. 

Como bonificação, lhe foi oferecido um emprego de auxiliar de serviços gerais no ex IAPI ( Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Industriários), adido ao Ministério do Trabalho, onde se dedicou por 35 anos ao serviço publico, tendo inclusive sendo eleito por vários anos como funcionário do ano. 

Em 22 de Fevereiro de 1955, casou-se com Alda Santos, tendo como fruto desse casamento os filhos: Êlda, Edna, Élia, Ronaldo e Reinaldo. 

O senhor José Cruz, era um exímio contador de histórias e causos, que quando acontecia esses momentos, era rodeado de pessoas para ouvir. Dentre assuntos abordados e contados, poderemos destacar O Cangaço, histórias de pescador e sobre a 2ª guerra mundial. 

Ele faleceu em 05 de setembro de 1994, onde até hoje deixa saudades. 

Hoje como ocupante da cadeira de numero 15, tenho a maior satisfação de tê-lo como meu patrono. Meu avô, meu amigo, meu herói! 

ADAILTON ANDRADE


Membro Fundador da Academia Sancristovense de Letras (ASCLEA). Licenciado em História, Pós-graduado em Ensino Superior em História, Pós-graduado em “Sergipe Sociedade e Cultura”, Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe (IHGSE). Associado a Associação Nacional de História (ANPUH/SE). Cursou disciplinas Isoladas nos mestrados da UFS em Sociologia, História e Ciência da Religião. Membro na qualidade de pesquisador do Grupo de Estudos e Pesquisas em Memória e Patrimônio Sergipano (GEMPS/UFS/CNPq). Membro Associação dos Arquivistas Brasileiros, Mestrado em Educação. 

HONRARIA

Recebeu Título de Cidadão Rosarense pela importante contribuição no âmbito do conhecimento sobre a cidade. 

PRODUÇÃO

Biógrafo de Augusto Maynard Gomes com publicações em jornais, coletânea de livros e revistas em História. Em especial uma publicação sobre Ouvidores no Sergipe Del Rey nos Anais de história Brasil Colônia da Universidade de Coimbra Portugal. 

PESQUISAS:

- Augusto Maynard Gomes e o Julgamento de Carlos Prestes;
- Revolução de 1930 em Minas Gerais, reduto de luta e resistência;
-  Revolta da Praia Formosa de 1924;
- Biografia de Dr. Orlando Calazans Ribeiro;
- Cantadores de Coco de Sergipe;
- Ouvidorias em Sergipe D’el Rey; 
- Cristãos Novos em Maruim;
- Estrangeiros em Sergipe, contribuição para a sergipanidade.





MANOEL ARMINDO CORDEIRO GUARANÁ
PATRONO / CADEIRA N. 10 

Nasceu na cidade de São Cristóvão, em 4 de agosto de 1848, ainda capital da Província de Sergipe Del Rey. Filho de Teodoro Cordeiro Guaraná e Andrelina Muniz de Menezes. 

Cursou as primeiras letras em sua cidade natal, migrando mais tarde para outros redutos do conhecimento cientifico como o Atheneu Baiano e o Curso de Humanidades do Colégio das Artes (1865) em Pernambuco. Posteriormente, ingressou na Faculdade de Direito do Recife, importante instituição do período, consagrada por formar uma elite de intelectuais liderados por Tobias Barreto. Graduou-se em direito no ano de 1871. Dedicou-se ao jornalismo e a elaboração de diversos trabalhos que compunham jornais, revistas e outras publicações periódicas entre os anos de 1832 a 1908. Registrando assim, o primeiro dos jornais, o “Recopilador Sergipano”, editado em Estância, na Tipografia Silveira & Cia, de propriedade do monsenhor Antônio Fernandes da Silveira, enumerando publicações jornalísticas e literárias, até 1908, ano do centenário do aparecimento do primeiro dos jornais brasileiros, o Correio Brasiliense, editado em Londres, em 1808, por Hipólito da Costa. 

Em 25 de outubro de 1872, iniciou seus trabalhos como Promotor Geral da Comarca de São Cristóvão, em Sergipe, por intermédio do Juiz de Direito da referida comarca, Alexandre Pinto Lobão. Um ano depois, foi nomeado Promotor Público da capital. Em 16 de março de 18784, Armindo Guaraná foi nomeado secretário da Província do Piauí, por Carta Imperial. No mesmo ano foi habilitado ao cargo de Juiz de Direito, por ter exercido por mais de 4 anos o lugar do Promotor Público. Em 1879, foi nomeado Procurador Fiscal da Tesouraria Provincial de Sergipe, pelo presidente da Província local, Fernandes Santos, tornando-se em 1881 Promotor Público da Comarca de Estância, por intermédio do Presidente da Província, Herculano Marcos Inglez de Souza. No dia 13 de maio de 1882, Armindo Guaraná foi nomeado para secretário da Província do Ceará, por Carta Imperial, e em setembro deste mesmo ano, foi nomeado Juiz de Direito da Comarca de Oeiras, Província do Piauí, por decreto. Em 1º de dezembro de 1884, foi transferido para Itabaiana, para exercer a magistratura.

Dentre os cargos exercidos por Armindo Guaraná, vale destacar o de Chefe de Polícia Interino da Província de Sergipe, designado por Jerônimo Sandro Pereira, em 1889. No ano de 1890, Armindo Guaraná é nomeado Juiz de Casamentos, em Aracaju, pelo presidente do Brasil, o Marechal Deodoro da Fonseca. Após doze dias, o Barão de Sobral lhe comunica essa nomeação, dando-lhe um prazo de três meses para exercer suas funções. A trajetória jurídica de Armindo Guaraná termina no dia 09 de março de 1906, quando Leopoldo de Bulhões lhe concede a aposentadoria, como Juiz Federal pela Secção do Ceará, função que exercia por mais de 20 anos. 

PRODUÇÃO

Após aposentar-se, Armindo Guaraná vai para o Rio de Janeiro. Na capital federal começa a juntar os subsídios necessários para confecção de sua maior obra, o Dicionário Biobibliográfico Sergipano. Em 1911,7 retorna a Sergipe fixando-se na cidade de Aracaju. Mais tarde tornou-se sócio fundador do IHGS, e idealizador do Dicionário Biobibliográfico Sergipano, sua principal obra, que se constitui por ser um documento que possibilita aos leitores e pesquisadores, subsídios para o desenvolvimento de seus trabalhos acerca da história de vida de sergipanos que viveram entre a segunda metade do século XIX, e a primeira metade do século XX. Em 1912, associou-se ao IHGS - instituição que auxilia a várias décadas, o desenvolvimento de produções literárias e históricas, através do seu acervo bibliográfico, documental e iconográfico – tendo participado de sua fundação. Neste instituto, Armindo elaborava diversos artigos, sobre os mais variados aspectos. Atuou como redator, entre os anos de 1912 a 1916, produzindo textos para complementar a sua revista trimensal, participou da diretoria do mesmo órgão como membro da Comissão de História e Arqueologia, sendo o vice-presidente da instituição, no período de 1912 a 1913. Consta no cadastro social do Instituto, como Sócio Fundador, tornando-se sócio honorário, em 14 de julho de 1915. 

Dedicou-se ao jornalismo, a política, a magistratura e a história, elaborando diversos trabalhos que enriqueceram a estante sergipana, como Jornais, Revistas e outras publicações periódicas, de 1832 a 1908, Catálogo que registra o primeiros dos jornais, o Recopilador Sergipano, editado em Estância, na Tipografia Silveira & Cia, de propriedade do monsenhor Antonio Fernandes da Silveira, enumerando em São Cristóvão, Aracaju, Laranjeiras, Propriá, Maroim, Capela, Simão Dias, Lagarto, Santo Amaro e Neópolis, as publicações jornalísticas e literárias, até 1908, ano do centenário do aparecimento do primeiro dos jornais brasileiros, o Correio Brasiliense, editado em Londres, em 1808, por Hipólito da Costa.

O Dicionário Biobliográfico Sergipano, de Armindo Guaraná é uma obra monumental, que reúne mais de 640 biografias dos mais ilustres sergipanos, detalhadas dentro e fora de Sergipe, como um testemunho para a posteridade. É, por isto mesmo, uma fonte de referências confiáveis, cotejadas com informações diversas, que chama a atenção para a fertilidade intelectual da terra, tal o número de exemplos contidos nas páginas do livro, que teve edição póstuma, graças aos esforços dos intelectuais Prado Sampaio e Epifânio Dória, que foram os Editores e a determinação do presidente Maurício Graccho Cardoso, que autorizou os gatos com a publicação.

O Catálogo da imprensa em Sergipe foi publicado no número especial da Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, em 1908. Escreveu o Glossário etmológico dos nomes da língua tupi na geografia do Estado de Sergipe (in Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, Aracaju, 1914) e auxiliou Sacramento Blake na redação do Dicionário bibliográfico brasileiro. 

Armindo Guaraná morreu, em Aracaju, em 10 de maio de 1924.

quarta-feira, 25 de julho de 2018

RAFAELA PEREIRA DOS SANTOS



Membro-fundadora da ASCLEA em 1/8/2017. Nasceu em Aracaju em 4 de abril de 1988, mas sempre residiu em São Cristóvão. Sempre estudou em escolas públicas, iniciando pela EMEI Frei Fernando, depois na Escola do Lar Imaculada Conceição até o quarto ano do ensino primário. Seguindo, foi para a Escola Estadual Senador Paulo Sarasate, Colégio Estadual Padre Gaspar Lourenço e Colégio Estadual Dep. Elísio Carmelo, onde conclui o ensino médio.

Em março de 2009 ingressou na Universidade Federal de Sergipe onde estudou Biblioteconomia e Documentação por quatro anos e meio. Em agosto de 2014 decidiu fazer uma pós-graduação – Documentação e Gestão de Arquivos Empresariais e Culturais – na Faculdade Maurício de Nassau, por dois anos.

INCENTIVADORA DE LEITURA

Desde outubro de 2013 atua diretamente como coordenadora das bibliotecas públicas do município de São Cristóvão, através da qual tem tido valiosas experiências em relação à leitura, ao livro e à interação pessoal e cultural no ambiente da biblioteca. 

Quanto à produção intelectual, pode ser dividida em 2 vertentes: a acadêmica (A função do bibliotecário frente à democratização da informação: observação da biblioteca pública de São Cristóvão/Se – Graduação); (O arquivo público e a sua realidade diante da administração pública: análise do arquivo da Fundação Municipal de Cultura e Turismo "João Bebe Água" – FUNDACT – Pós-graduação) e a poética/musical (alguns escritos pessoais de acordo com momentos e situações pessoais, conforme exemplo:

BONDADE

Bondade (...)
Para o bem, para quem?
Para todos os povos
Ou para todos os nossos?

Não se pode ridicularizar-se
Não de um belo sentimento
Pois não se torna pequeno
Quem dele utilizar-se

Não é aconselhável medir
A intensidade do bom sentimento
Basta desfrutar, isso já é sentir


APULCRO MOTTA - PATRONO
CADEIRA N. 6

Apulcro da Motta Rebello, filho de Francisco da Motta Rebello e D. Maria Angelica da Motta Tojal, nasceu em São Cristóvão no dia 07 de outubro de 1857 e faleceu em Aracaju, no dia 25 de fevereiro de 1924. Fez quase todos os seus estudos de humanidades no Atheneu Sergipense e, depois de concluídos, seguiu a carreira da Fazenda, começando em 1879 como 2º escriturário da Alfândega de Aracaju, da qual foi tesoureiro interino em 1881.

Por duas vezes foi secretário do governo, em novembro de 1896 e em março de 1898. Em 8 de julho de 1898 passou a ser secretário geral do Estado na presidência do doutor Matinho Garcez. Pediu exoneração do cargo de secretário devido a sua candidatura a deputado na legislatura de 1898-1899. Com a renúncia da presidência do doutor Martinho Garcez, coube a Apulchro Motta assumir na qualidade de Presidente da Assembleia, mantendo-se de 14 de agosto a 24 de outubro de 1899, quando foi empossado o monsenhor Olympio Campos. Ainda neste ano foi feita uma renovação dos poderes legislativo e executivo, através da qual foi eleito vice-presidente do Estado para triênio de 1900-1902.

Como jornalista, teve uma longa história na imprensa de Sergipe. A princípio, revisor de provas e autor de ligeiros artigos para os noticiários, começou a escrever no Jornal de Sergipe e em continuação no “Echo Liberal” e no que fundou e redigiu, Espírito de Lutador, com seu irmão Antônio Motta e, como ele, ardoroso nas pugnas jornalísticas, revidava as provocações ofensivas com brusca energia, sem poupar o adversário no terreno das represálias.

Era sócio honorário do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe e escreveu tais obras:
-O meu crime, na “A Reforma” – Aracaju, 03 de julho de 1887. 
-José de Faro: elogio fúnebre. Idem, de 06 de outubro do referido mês. 
-Explicações: artigo em que o autor descreve sua vida na imprensa. Na “Gazeta de Sergipe”, Aracaju, de 25 de março de 1890. 
-Mensagem apresentada à Assembleia Legislativa pelo Presidente do Estado por ocasião da instalação da 2ª sessão ordinária da 5ª legislatura em 7 de setembro.

IRENIO RAIMUNDO SANTOS

Membro-fundador da ASCLEA em 1/8/2017. Nasceu em Lagarto/SE no dia 5 de abril de 1937. A família chegou em São Cristóvão em 1943, ele contava 5 anos e seu pai, Antonio Raimundo Santos, empregou-se na Fábrica de Tecidos São Gonçalo S.A, como carpinteiro. Irenio Raimundo estudou na Escola Operária e no Grupo Escolar Vigário Barroso. Fez um curso profissionalizante no SENAI (tecelão técnico). Na parceria do irmão José Raimundo abriu loja de movelaria na cidade. 

Graças a popularidade e atuação elegeu-se vereador em 1967 e por 4 mandatos manteve-se na pasta do legislativo municipal até o ano de 1993, encerrando sua experiência política. Pelos relevantes serviços prestados a sociedade recebeu o título de cidadão sancristovense em 20 de novembro de 1997. 

Sócio fundador do Lions Clube de São Cristóvão, Irenio Raimundo muito contribuiu e ainda contribui nas áreas da cultura e da educação. Foi homenageado pela implantação do MOBRAL (5/12/1971); Recebeu diploma da Associação de Cultura e Arte de São Cristóvão - ACASC em 11 de dezembro de 1991; conquistou o diploma de amigo benfeitor da Comunidade Educacional do Lar Imaculada Conceição em dezembro de 2002. 

O poeta popular de primeira grandeza é um Doutor Honoris Causa a esperar o galardão, com humildade e humor guarda centenas poesias nas gavetas, como esta:

FRUSTAÇÃO

Sou cidadão sancristovense 
Nascido no interior 
Na vida fui quase tudo 
Só não pude ser doutor. 

Fui tecelão, carpinteiro 
Alfaiate, fui pintor 
Agricultor, marceneiro 
E também fui pescador. 

Fui gráfico, fui empresário 
Escriturário, avicultor 
Mais a coisa mais bonita 
É o homem ser doutor. 

Joguei futebol de campo 
Fui político, fui cantor 
Fui ator, fui vendedor 
Mais queria ser doutor. 

Nunca tive paixão por motos 
Caminhões, carros ou trator 
Mais sempre achei muito chic 
Na vida ser um doutor. 

Mais o tempo foi passando 
A vida foi encurtando 
As dificuldades aumentando 
Mais lhe garanto, senhor 
Bacana mesmo é ser doutor! 

JOSÉ JORGE (JOTA JORGE)* 
PATRONO / CADEIRA N. 4

Bastaria o poeta Jota Jorge deparar com algum conhecido nas estreitas ruas da nossa quadrigentenária cidade que imediatamente ele improvisava uma bucólica trova para homenageá-lo quantas vezes encontrasse aquela pessoa, e o curioso era que a versificação não era a mesma, de praxe havia inovação: Não trazia consigo nem lápis nem papel, os versos saiam de sua alma aos borbotões; as estrofes eram livres onde a sua preocupação maior era com o conteúdo, dando-se menor importância à metrificação, à rima ou a qualquer outra configuração regular. 

O saudoso amigo sancristovense era genuinamente um poeta do povo; muito prosaico, cuidou com esmero das rimas improvisadas que ao ouvi-las faziam-me transportar ao mais fidedigno cordel, tornou-se durante muitos anos figura singular na cidade. 

Jota Jorge deixou São Cristóvão ainda garoto, aos 13 anos, e foi residir no Rio de Janeiro durante 33 anos, mas para aqui retornou e se casou, morou com a família por muito tempo na Rua Cel. Erundino Prado nº 51, amiúde sempre lhe fazia visitas. Lembro-me que o poeta trabalhou no Serviço de Alimentação da Previdência Social – SAPS. Tempos depois o poeta foi trabalhar no antigo INPS (hoje INSS) pelo qual veio a se aposentar. Permaneceu aqui em São Cristóvão até ultima quadra dos anos 80 quando passou a residir na Capital. 

O poeta Jota Jorge, de compleição robusta e alta, veio ao mundo em 27 de outubro de 1926 e, nos deixou aos 80 anos num sábado 27 de dezembro de 2008. Consoante sua filha – a jornalista Claudia Jorge, assim é como ela gosta de ser chamada – asseverou, ele não fez nenhuma publicação oficial, mas seus versos estão guardados nas mentes e nos corações da família. Alguns: 

A SAUDADE
Saudades são gotas que vão e vem, 
sempre batendo no coração de alguém.

MINHA CASA 
Minha casa é um jardim, que Deus abençoou, 
nela tem cravos e espinhos, em cada quarto um amor,
dinheiro eu nunca tive, bonito também não sou, Deus é o meu Grande Mestre, nessa vida eu sou doutor.

DINHEIRO
O dinheiro do pobre é como sabão, 
quando se coloca no bolso, escorra no chão. 

MÁRCIA 
Márcia, do teu corpo eu fiz meu ninho, 
do calor o nosso amor, 
da saudade eu fiz a rosa, 
do espinho eu fiz a flor, 
a tristeza foi embora,
só restou o nosso amor. 

REMÉDIO 
O remédio cura, 
o remédio mata, 
na mata há flores e bichos, 
bichos tem amores 
e em certos amores tem bichos. 

*PS: adaptado do artigo de Roberto Silva “J. Jorge, O Menestrel Das Acanhadas e Seculares Ruas De São Cristóvão”, publicado no jornal Tribuna Sergipe Del Rey, de janeiro/fevereiro de 2017. 

segunda-feira, 23 de julho de 2018

EDCARLA SORAIA DOS SANTOS




Acadêmica da ASCLEA desde 1/8/2018. Nasceu em Aracaju-SE, no dia 22 de maio de 1979. Filha da sancristovense professora Edivanete dos Santos Feitosa e do alagoano técnico em Radiologia Carlos Alberto dos Santos Feitosa (In memorian). Seus primeiros 05 anos de vida foram vividos na capital sergipana, porém, no ano de 1984 seus pais retornaram para São Cristóvão onde se estabeleceram até os dias de hoje.

Estudou o primário nas escolas municipais “Menino Deus; Escola Lar Imaculada Conceição (Antigo Orfanato). Cursou o ginásio no Centro Educacional “Prado Meirelles”, após conclusão deste, ingressou como sendo primeira turma do ensino médio do Colégio Estadual “Dom Luciano José Cabral Duarte”. 

No ano de 1999, consegue aprovação na Universidade Federal de Sergipe, no curso de bacharel em Serviço Social, e após 04 anos de graduada, formou-se como Pedagoga, pela Faculdade de Ensino Regional Alternativa (FERA). Hoje, já pós graduada em Psicopedagogia pela mesma instituição de ensino superior.

Latente na vida foi, sempre será, o amor pelas palavras. No ano de 1992, sob forte influência de sua mestra, a professora de História Rosa Macário, junto com a colega de classe e amiga Katiuscia Corrêa, foi lançado o primeiro formato de informativo à população. Nascia a Gazetinha CEPM, da escola que leva essas siglas. Com a conclusão do ginásio, o jornalzinho, como era chamado passou à nomenclatura de “O Bom da Praça”. Entretanto, a falta de apoio abreviava a sua continuidade. A incansável estudante sempre se agarrou ao sonho de que a cidade poderia se destacar por meio deste veículo, e nunca deixou de acreditar que o seu povo um dia reconheceria toda a sua luta, e de outros, pela ascensão intelectual e cultural da antiga capital do Estado.

No ano de 2014 é procurada pelo carioca aposentado Rubem Maia, para juntos editarem um jornal impresso que mostrasse ao mundo o que a Velha Cap tinha e tem de melhor. Buscou-se os caminhos, e, no dia 31 de maio de 2015 é lançado o Jornal Tribuna Sergipe Del Rey, e mais uma vez esse sonho de disseminar cultura é reavivado. Atualmente é Editora-Chefe e proprietária do único impresso da cidade e o desafio continua posto. 

Aos 39 anos, Edcarla Soraia é compreendida como uma mulher polivalente, com atuação em diversas áreas profissionais. Encontra-se contratada pela Prefeitura Municipal de São Cristóvão, assessorando administrativamente a Secretaria de Assistência Social e Trabalho. Assim como, além da grande responsabilidade pela manutenção do jornal, coordena a Faculdade de Ensino Regional Alternativa, que está instalada no município desde o ano de 2012, onde também luta pela permanência da mesma na cidade, pelo entendimento da relevância do seu papel enquanto instituição de ensino superior, contribuindo com o desenvolvimento intelectual e aprimoramento dos conhecimentos da gente sancristovense.


ANA MARIA MENEZES COUTO
PATRONA – CADEIRA N. 12

Nasceu em Aracaju no dia 15 de julho de 1955, filha mais velha do caminhoneiro Normando Siqueira Menezes e da professora Laurice Silva Menezes. Proveniente de família humilde e criada dentro dos ensinamentos da religião Evangélica, Ana viu nos estudos a oportunidade de mudar sua realidade.

Estudou em escolas públicas: concluiu o Curso Primário no Educandário “I Centenário”, em 1966; O Curso Ginasial concluiu em 1970, no Instituto de Educação “Ruy Barbosa”; deu sequência ao Curso Colegial no Colégio Estadual “Atheneu Sergipense”, em 1973; no ano de 1975 concluiu o Curso Pedagógico, quando retornou para o Instituto de Educação “Ruy Barbosa”.

Ao terminar o Curso Pedagógico, prestou vestibular e ingressou na Universidade Federal de Sergipe para estudar Ciências Biológicas, concluindo o curso em 1979. Na área desenvolveu prestimosos trabalhos no Instituto Parreiras Hortas, mas fez realmente história no âmbito da Educação.

Iniciou o magistério na Rede Estadual de Sergipe no Colégio Estadual “Senador Paulo Sarazate”, em 1976. Em 1979, Ana Maria casou-se com Carlos Augusto Couto, quando passou a adotar o nome Ana Maria Menezes Couto, ou somente Ana Couto, como ficou mais conhecida em São Cristóvão.

Com Augusto, como ela tratava carinhosamente o esposo, teve dois filhos: Ilana Mary Menezes Couto e Allan Augusto Menezes Couto. Estava formada a família que tanto idealizou. Moraram a princípio na casa dos sogros, na Avenida Otoniel Amado (Avenida de Dentro). Depois, trabalhando duro, o casal comprou uma casa na Rua Frei Norberto e, ali ela viveu até o último dia de sua vida.

Entre 1983 a 1989, trabalhou como diretora do Colégio Elísio Carmelo, onde incentivou os alunos a inscreverem-se para o Concurso do Estado e, assim, ingressar na Rede Estadual de Ensino.

Em 1990, foi convidada pela prof. Magna Barroso a fazer parte da comissão organizadora da Escolinha Semente do Saber, onde trabalhou com os alunos de alfabetização, fazendo um trabalho magnífico na área de alfabetização. 

No início dos anos 90 foi acometida por uma doença autoimune, Lúpus. Infelizmente este mal avançou rapidamente, o que a deixou muito debilitada e, por isso, ela precisou afastar-se da sala de aula para cuidar da saúde. Porém, depois de muita luta, em 26 de junho de 1992, aos 36 anos, Ana Couto veio a falecer, entretanto, a professora deixou um importante legado para São Cristóvão, colaborando significante com a melhoria educacional de centenas de estudantes, que certamente a levarão para sempre em seus corações.

CLAÚDIA SUZANA MEIRELES JORGE




Acadêmica da ASCLEA desde 1/8/2018. Nasceu em Aracaju no dia 19 de abril de 1967, na Maternidade Francino Melo, hoje Hospital de Cirurgia. É filha de José Jorge, mais conhecido como poeta J. Jorge e Maria Márcia Meireles Jorge, ambos de São Cristóvão. Graduada em Jornalismo pela UNIT (Universidade Tiradentes), pós-graduada em Didática do Ensino Superior e Psicologia Organizacional pela Faculdade Amadeus; acadêmica do 5º período do curso de Psicologia pela UNIT.

Cláudia foi levada bebê para o solo da antiga capital de Sergipe, onde cresceu brincando nas praças com amigos sancristovenses. Estudou no Grupo Escolar Vigário Barroso, Escola Imaculada Conceição, Escolas Paulo Sarasate e Gaspar Lourenço e Escola Municipal São Cristóvão.

Residiu em São Cristóvão até 18 anos, quando se mudou para trabalhar em Aracaju e exercer cargos em multinacionais, como a mineira Andrade Gutierrez e a Rio Grandense VARIG, essa última por 7 anos, como gerente do Setor de vendas em passagens internacionais.

No jornalismo começou como repórter de rua no Jornal da Cidade, onde fundou o caderno de turismo, após dois anos foi convidada para assumir a editoria do caderno cultural, “Acontece”, no Jornal da Manhã, atual Correio de Sergipe. Foi colaboradora do Programa de “De Olho na Cidade”, na Rádio Aperipê.

Trabalhando com jornalismo, despertou o interesse por matérias políticas e se tornou assessora de imprensa para vereadores e deputados estaduais em Sergipe. Foi diretora de Comunicação nas Prefeituras de São Cristóvão, Japaratuba, Japoatã e Rosário do Catete, ex-diretora de Comunicação na Câmara Municipal de Japaratuba, ex-assessora de imprensa na Defensoria Pública do Estado, ex-assessora de imprensa no Projeto Federal Consórcio Social da Juventude do Ministério do Trabalho e também assessora de imprensa em Projeto “Melhoramento Genético”, numa parceria entre Petrobras e Projeto Dom Helder Câmara.

A vasta experiência lhe permitiu conhecer os 75 municípios sergipanos e 17 Estados brasileiros, além de visitar países como os Estados Unidos da América (cidades de Miami, Orlando e New York), Nassau, nas Bahamas, Argentina, Dubai (nos Emirados Árabes) e Egito.

IMPRENSA / ARTES PLÁSTICAS 

Atualmente é assessora de imprensa na Assembleia Legislativa de Sergipe e na ASPENE (Associação dos Aposentados da Petrobras). 

É artista plástica, lançada em 2015 no Espaço Cultural da Assembleia Legislativa de Sergipe.

Idealizadora do periódico “Folha Exclusiva Mulher”, que circulou impresso com 78 publicações. É atualmente editora do portal www.exclusivamulher.com, com foco ao empoderamento feminino e questões de gênero. No início deste ano foi condecorada como membro da Câmara da Mulher na Fecomércio.



AMINTAS JOSÉ JORGE
PATRONO / CADEIRA N. 14

Filho do farmacêutico Marcelino José Jorge e Cândida de Sampaio Jorge, nasceu em Aracaju, a 11 de julho de 1860. Muito jovem entrou para o Colégio Naval, cursando depois a Escola Naval nos anos de 1880 a 1882, quando a 28 de novembro de 1882 foi nomeado Guarda Marinha. Nos sucessivos postos que galgou até ao de capitão de mar e guerra, obteve duas promoções por merecimento e uma por atos de bravura, tendo tido sob o seu comando diversos vasos de guerra, dos quais o último foi o couraçado Minas Gerais. Na sua vida militar ocupou todos os cargos subalternos e superiores da Marinha Nacional, fez longas viagens no Mediterrâneo e no Oceano Atlântico, encerrando a carreira, em que tanto se distinguiu, a 8 de maio de 1912, quando se reformou, a pedido. 

Em terra desempenhou os cargos de capitão do porto de Aracaju e inspetor do Arsenal de Marinha do Estado do Pará. Na sua fé de ofício estão registrados trinta e dois elogios das autoridades da Marinha pelo bom desempenho das comissões que lhe foram confiadas. Foi prefeito de Aracaju em 1926 a 1930. É sócio benemérito do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, de que foi 1º vice-presidente, e presidente da Liga Sergipense contra o Analfabetismo.

PRODUÇÃO

– Meteorologia: série de artigos no “O Estado de Sergipe” de 4 a 28 de novembro de 1900.
– Entrevista concedida a “A Rua” do Rio de Janeiro, transcrita no “Correio de Aracaju” de 13 de junho de 1916.
– O monumento Joaquim Barbosa. Idem, de 27 de agosto e 7 de setembro de 1916.
– Cartas do Rio. Ao Dr. Gentil Tavares da Mota. No “Correio de Aracaju” de 29 de setembro, 27 de outubro, 10 de novembro e 20 de dezembro de 1918.
– Relatório pronunciado por ocasião da posse do primeiro diretório do Clube Esportivo Feminino em Aracaju. No “Correio de Aracaju de 24 de setembro de 1919.
– Discurso pronunciado por ocasião da posse do primeiro diretório do Clube Esportivo Feminino em Aracaju. No “Correio de Aracaju” de 24 de setembro de 1919.
– Discurso pronunciado por ocasião da posse do novo diretório do Clube Esportivo Cotinguiba em 28 de outubro de 1919. Idem, do dia seguinte.

Data de morte: 26 de janeiro 1945, em Aracaju (SE).

domingo, 22 de julho de 2018

DENIZE SANTIAGO DA SILVA



Acadêmica da ASCLEA desde 1/8/2018. Nasceu em São Cristóvão/SE no dia 16 de fevereiro de 1978. Filha de Amaro Ferreira da Silva e Eleodora Maria Santiago da Silva. Pedagoga Licenciada pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Servidora Estadual concursada (SEED/SE). Estudou nas escolas públicas de nossa cidade. Possui os cursos técnicos: Pedagógico, Gestão Pública, Secretariado, Curadoria de Museus e Informações Turísticas. Pós Graduada em Atendimento Educacional Especializado e Educação Especial. 

ATUAÇÃO - LITEROATIVIDADES 

Atuou na área cultural como: Instrutora Cultural nos Museus e igrejas pela extinta SUBPAC; coordenadora do Museu de Arte Sacra de São Cristóvão, Administradora e Coordenadora de Educação Patrimonial e Cultural do Museu Histórico de Sergipe. Franciscana Secular e Presidente da Pia União das Filhas de Maria. Amiga do Museu da Polícia Militar do Estado de Sergipe, colaboradora na organização dos eventos da instituição; participou e promoveu diversas rodas de leitura e contadores de estórias no Museu Histórico de Sergipe: Roda de quadrinhos indígena na com o Departamento de Letras da UFS; Projeto de leitura com o CODAP-UFS; cinema no Museu, História de Pescador, dentre outros. 



LOURDES TAVARES DOS SANTOS
PATRONA - CADEIRA N. 13

Mulher negra, uma vida dedicada a educação e a religião católica, vencendo preconceito. Nasceu em 25 de setembro de 1927 e faleceu no dia 9 de junho de 2018 viúva. Filha de Genário José dos Santos e de Maria Liberalina Tavares. Casou-se em fevereiro de 1962. Como educadora teve atuação marcante como professora responsável da Escola Municípal Marcílio Dias (Conhecida como Escola da Colônia de Pescadores) nas décadas de 1950/1960. Foi duas vezes Diretora da E.M. Lourival Batista na década de 70. Professora na E.E. Manoel dos Passos, no final da década de 1980; professora da Escola do Lar Imaculada Conceição (ELIC) no início da década de 1990. Encerrou carreira no magistério na Biblioteca Municipal Dr. Lourival Batista. Dos relevantes serviços a Educação foi nomeada “Madrinha de São Cristóvão”.

Foi vereadora na década de 1970. 

Prendada, fazia muitas grinaldas para noivas da cidade e as coroinhas das crianças que participavam da Coroação da imagem de Nossa Senhora no mês de maio. Entrou na Pia União das Filhas de Maria em 08 de dezembro de 1956; pertencia a Ordem Franciscana Secular desde 26 de abril de 1956 (50 anos) e foi membro da Apostolado da oração do Sagrado Coração de Jesus desde 07 de julho de 1939, onde ocupou diversos cargos, inclusive, de presidenta (70 anos). 

Foi homenageada na década de 1980 pelo prefeito Lauro Rocha de Andrade, quando teve seu nome atribuído a unidade de ensino E.M.E.F. Maria de Lourdes Tavares, localizada no Povoado Caípe Novo.

MARIA RITA DOS SANTOS


Acadêmica-fundadora da ASCLEA. Nasceu em 13 de agosto de 1965, na cidade de Aracaju, filha de José Alcino dos Santos e de Josefina dos Santos, Pedagoga, Professora aposentada, mãe de duas filhas e avó de 03 netas, poetisa e pesquisadora , estudou o curso primário (Ensino Fundamental menor) na Escola Municipal Presidente Dr. Getúlio Vargas (escola já extinta), o Ginasial (Ensino Fundamental Maior), no Ginásio Senador Paulo Sarazate (atual Escola Estadual Senador Paulo Sarazate), cursou o pedagógico no Colégio de 2º grau São Cristóvão (atual Colégio Estadual Deputado Elísio Carmelo), na Faculdade Pio Décimo cursou Pedagogia com habilitação em Supervisão Escolar e também fez na mesma instituição de ensino a especialização em Educação e Gestão.

COMPROMISSO COM A EDUCAÇÃO 

Ingressou na Rede Estadual de Ensino em meados de 1985, lecionando o Ensino fundamental menor na Escola Estadual Luiz Guimarães, onde trabalhou ali por cerca de 09 anos, lecionou por doze anos e foi pedagoga por um ano e meio no Colégio Estadual Padre Gaspar Lourenço, com pouco tempo foi exercer por dois anos a função de Coordenadora de Ensino no colégio Estadual Deputado Elísio Carmelo e em seguida galgou a Gestão do mesmo Colégio onde elevou a escola a referência em educação na cidade de São Cristóvão, em pouco mais de nove anos - tempo da aposentadoria - deu a referida unidade escolar prêmios Estaduais, Nacionais e Internacionais. 

PRODUÇÃO

Como poetisa participou de Concursos de Poesia (3º Lugar no Concurso Aquela poesia que estava na Gaveta) de Itaim Paulista, 2° e 3º Lugares no Concurso de Poesia Falada promovido pela ACASC na década de 90. Possui publicações: no Arte e Literatura, suplemento da extinta Gazeta de Sergipe, na década de 80; no Anuário de Poetas do Brasil 1984; também no Jornal Folha do Subúrbio, de Camaçari/Ba, organizado por Aparício Fernandes. No jornal Vale do Aço, do Rio de Janeiro, há uma publicação e uma crítica, esta tem por título “Uma radiante promessa”, acerca da sua poetica, ambas da década de 90.

Em suas pesquisas pedagógicas tem produzido materiais concernente à educação, com base em suas experiências, com perspectiva de publicação futura. 



MARIA PAIVA MONTEIRO (DONA MARINETE)
PATRONA - CADEIRA N. 3

Maria Paiva Monteiro ou simplesmente Dona Marinete, nasceu em 19 de janeiro de 1913, filha de Horácio Pio Monteiro e de Dona Francisca Paiva Monteiro, Professora do ensino primário (estudou de 1927 a 1931 na Escola Normal de Aracaju), uma das profissões mais nobres que uma mulher podia exercer no início do século XX em Sergipe. Eleita pela população local a mulher Cristovense do século XX, Vereadora em 1936, aos 23 anos de idade, organizou toda a documentação da Câmara de Vereadores, inclusive secretariando as sessões, renunciou ao cargo de Vereadora em 1937, voltando a se dedicar mais intensamente aos trabalhos do magistério e aos diversos Conselhos de que fazia parte. Secretária voluntária do Centro Social Santa Clara por 30 anos de atuação efetiva, estando à frente de todos os trabalhos realizados, dentre eles a aquisição de casas em bairros periféricos e povoados que foram transformadas em escolas. Com o passar dos anos, cada bairro ou povoado de S. Cristóvão recebeu um núcleo do centro social, onde eram ministradas aulas do ensino regular, corte e costura, datilografia, bordado e arte culinária, além da criação de uma Escola Radiofônica e de uma loja onde eram comercializados os produtos confeccionados durante as aulas.

Pesquisadora, escreveu textos que hoje circulam desprovidos dos créditos autorais a respeito da Festa de Passos, lista do paroquiato de N. Sra. da Vitória, dentre outros. Foi secretária da Associação Nossa senhora do Carmo e participou ativamente dos preparativos da Festa de Passos, religiosa ao longo da vida, era uma leiga com prestígio de religiosa que atuava entre as freiras da Imaculada Conceição, sua trajetória de beata está intrinsecamente marcada pela devoção ao Senhor dos Passos. Após aposentadoria, foi morar com as irmãs no Lar Imaculada Conceição, onde faleceu em 04 de fevereiro 2004.

THIAGO FRAGATA - PRESIDENTE





Presidente da ASCLEA biênio 2017-2018. Historiador, poeta, professor, afirma que é "sancristovense de nascimento" porque começou a nascer em São Cristóvão (o procedimento cirúrgico aconteceu em Aracaju!) no dia 6 de outubro de 1973. O popular Thiago Fragata tfoi registrado José Thiago da Silva Filho. Seus pais são Maria Auxiliadora Fontes da Silva e José Tiago da Silva Neto. Graduado em História pela Universidade Federal de Sergipe (2001), Especialista em História Cultural pela mesma universidade (2009). É Professor da Rede Estadual de Educação de Sergipe (SEED/SE) desde 2006 é membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe (IHGSE). Pesquisador “beneditino”, ardoroso arcaísta, praticante de neologismos, leituras literárias e consultas aos dicionários, bibliotecas e arquivos. Desde janeiro de 2017, é Diretor de Arte e Cultura, da Fundação Municipal de Cultura e turismo “João Bebe-Água”, instituição vinculada a Prefeitura Municipal de São Cristóvão (PMSC). 

HONRARIAS

Premiado no Concurso Nacional de Redação para Professores, organizado pela Academia Brasileira de Letras e Folha Dirigida (2003). Sua redação “Palavra: metáfora da paz e da guerra” foi publicada na coletanêa “A vida da palavra”, em set/2003, p. 149-150.

Do esforço como coordenador da Comissão Pró-candidatura da Praça São Francisco a Patrimônio da Humanidade (2008/2010) recebeu a medalha Honra ao Mérito Aperipê concedida pelo Governo do Estado de Sergipe, no ano de 2011. As palavras do Governador Marcelo Deda Chagas, proferidas numa coletiva a imprensa na manhã de 2 de agosto de 2010, a respeito da chancela da UNESCO, se acha editada no CD-ROM “Cronos on line: catálogo digital da campanha da Praça São Francisco Patrimônio Mundial”, de 2015: “Quero cumprimentar de maneira efusiva, o professor Thiago Fragata que é Presidente da Comissão Pró-candidatura, ele que é o grande mobilizador na internet, na sociedade, na mobilização das pessoas, no convencimento das autoridades, na cobrança permanente aos órgãos do Estado, aos órgãos do município das obras culminadas pela UNESCO”.

Foi diretor do Museu Histórico de Sergipe (MHS/Secult) entre no período 2009/2014. O “Programa Educativo do MHS” recebeu o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade (IPHAN) 2013, o mais importante reconhecimento de ações na área de preservação e valorização do patrimônio brasileiro.

O Círculo dos Ogãs, evento idealizado por Thiago Fragata e teve suas realizações efetivadas através do Museu Histórico de Sergipe (2010) e da Ong Sociedade para o Avanço Humano e Desenvolvimento Ecosófico (SAHUDE) (2011/2014) recebeu o Premio Abdias do Nascimento em 2013, concedido pela Assembléia Legislativa de Sergipe (ALESE).

Recebeu a Comenda “Mérito Cultural FASC 2017 (Festival de Arte de São Cristóvão)”, pela sua contribuição ao evento. 

PUBLICAÇÕES/LITEROAÇÕES

Escreveu o “Manifesto em defesa da poesia diária nos jornais sergipanos” em 2005. A cobrança por uma página de poesia, ou espaço, nos diários ou semanários de Sergipe resiste! 

Um dos autores do dossiê que candidatou a Praça São Francisco, de São Cristóvão/SE, para lista de Patrimônio da Humanidade da UNESCO em 2006.

Publicou “São Cristóvão poética e xilogravada” em 2015, com ilustrações de Nivaldo Oliveira. 

Coordenou o Salão de Literatura José Augusto Garcez no Festival de Arte de São Cristóvão, edições 2005 e 2017.

Colunista do Jornal Tribuna de Sergipe Del Rey (São Cristóvão) desde sua primeira edição em 2015.

Tem uma centena de artigos publicados na imprensa e revistas especializadas. 

Gerencia o blog "Cicerone de São Cristóvão" (www.thiagofragata.blogspot.com) desde 2007.

E-mail: thiagofragata@gmail.com





SERAFIM SANTIAGO (1859/1932)
PATRONO CADEIRA 1 

Considerado o grande memorialista do final do século XIX, Serafim Santiago nasceu em São Cristóvão no dia 4 de janeiro de 1859. filho de José Florêncio Umbelina Maria da Conceição que se acha enterrada na Igreja do amparo. Residiu na rua das Flores. Mudou-se para Aracaju em 1860 mas nunca desligou-se da terra natal, qual nutria um sentimento bairrista. Tomado por este amor é que escreveu um texto manuscrito sobre o passado glorioso de São Cristóvão a partir de suas memórias e pesquisas. Intitulou o trabalho de Anuário Christovense. Consultado por grandes pesquisadores da História de Sergipe, a exemplo de Luiz antonio Barreto, Jackson da Silva Lima e Beatriz Goes Dantas, o manuscrito teve a guarda do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe que em parceria com a Universidade Federal de Sergipe verteu em livro em 2009. 

Do seu entranhado amor a sua São Cristóvão um fato desvela como Serafim Santiago transcendia a palavra, ia da teoria a prática. Em 1910 a Igreja de Nossa Senhora da Vitória, padroeira da cidade, estava com telhado avariado e sua estrutura carecia de reparos. Ele liderou uma campanha para angariar recursos no comercio de Sergipe; em poucos meses prestou contas ao padre do valor arrecadado que facultou a benfeitoria ao importante monumento. Serafim Santiago morreu na cidade que tanto amou no dia 1º de setembro de 1932.