quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

ANTONIO FERNANDES GONÇALVES NETO




Acadêmico-correspondente da ASCLEA desde 27 de dezembro de 2018. Chico, ganhou esse apelido inverossímel da avó materna, assim ela o chamava por um desejo incontido de que o neto fosse batizado Francisco. Chico Fernández, com esse codinome tornou-se conhecido em Salvador/Ba, onde vive desde 1994. Nasceu em São Cristóvão, no dia 16 de maio de 1966, amparado pelas mãos de sua tia materna, a parteira Almerinda. Primeiro de 7 filhos (4 homens e 3 mulheres), do casamento de José Fernandes Gonçalves, comerciante de secos e molhados, de procedência alagoana, e de Maria Alice Freire de Oliveira, de família sancristovense, que no lar desempenhava as tarefas de dona de casa e costureira profissional.

FORMAÇÃO ESCOLAR 
Cresceu na histórica e bucólica São Cristóvão, passando aí a primeira etapa da vida: casa da família, sítio das Pedreiras, onde reunia-se a família materna; a casa do avô paterno, o Armazém do pai, feiras, missas, praças, brincadeiras de rua. Sua infância e adolescência tiveram como cenário a arquitetura barroca, de igrejas e casarios, ruas estreitas e pessoas conversando demoradamente, praças aJardinadas, a natureza e um silêncio conventual. Esse panorama mudava abruptamente pelas festas como carnaval, São João, eventos religiosos como a Procissão do Senhor dos Passos, ou ainda o movimentado Festival de Arte de São Cristóvão (FASC), promovido pela Universidade Federal de Sergipe, com o Apoio da prefeitura local e outras instituições. Esses festivais deixariam fortes impressões artísticas-culturais no imaginário da comunidade e do menino ChIco. 

Sua vida escolar na Velha Cap foi iniciada no Jardim de Infância Frei Fernando e sequenciada na extinta Escola Vigário Barroso. Esta escola ficava na praça da Matriz, instalada no sobrado aonde outrora funcionou a Câmara e Cadeia. No ano de 1990, durante o FASC, nele funcionava o Centro de Artes Aloísio Magalhães, quando abrigou sua exposição coletiva fotográfica de tematizando a beleza, intitulada “Multiforme”. 

Concluiu o secundário na recém–construída Escola “Gaspar Lourenço”, localizada no Bairro Apicum Merém e dirigida pela saudosa Prof. Terezita Paiva. Na nova escola, leu as primeiras histórias de aventuras pelos mares, monstros e heróis da mitologia grega, conheceu personagens dos enredos das histórias em quadrinhos e escreveu pequenos contos. Também nessa escola, pela primeira vez, numa festa de encerramento do ano, ouviu e alegrou-se com o som do “vira” e o visual psicodélico dos Secos e Molhados, conjunto musical performático dos anos 70, tendo como vocalista, o cantor Ney Matogrosso. 

Por esse tempo, ganhou certo livro e encantou-se com a fantástica e poética história do “O menino do dedo Verde”, de Maurice Druon, grande sucesso mundial da literatura francesa. Durante o curso ginasial no Colégio Paulo Sarazate em São Cristóvão, participou de gincanas culturais, diferentes atividades esportivas, organização de eventos, diretoria de clubes sociais, desfiles de moda e beleza, e também dos diretórios estudantis. No campo das artes, um pouco de teatro, artesanato com cinzel, aulas de canto e Literatura brasileira. 

VIDA PROFISSIONAL 
Aos 2O anos, a morte do pai modificaria o curso da vida. As experiências com cabelo e maquiagem, adquiridas inicialmente nas espaçadas atividades teatrais, evoluíram como profissão. Na primeira oportunidade, como auto-didata, inaugurou um pequeno salão de Cabeleireiro, em Aracaju, capital, atuando no período de 1988 e 1994. Na busca de desafios, migrou para Bahia neste ano. 

Na capital baiana, Salvador, apesar da rotina do trabalho, à medida que especializava-se quanto às habilidades profissionais específicas, dedicou-se a novas leituras; o caráter curioso, investigativo, direcionaram a novos campos de pesquisa: sociologia, psicologia, zoologia, neurociência, física quântica, mitologias, conhecimentos ancestrais, dentre outros. No campo das Artes, tomou aulas para ampliar a noção de desenho e pintura, pesquisou assuntos sobre o embelezamento, saúde, moda, comportamento. 

ARTES E PRODUÇÃO: VISAGISMO - DANÇA 
Chegou aos 40 anos como visagista, com formação em São Paulo, capital, ministrada pelo artista plástico e arte-educador Philip Hallawel. O conceito do visagismo basea-se no estudo das linhas fisionômicas, relacionando-as a padrões de formas da natureza e as leis que regem a harmonia e a estética, com finalidade de configurar uma imagem verdadeiramente personalizada. Angariou vivências relativas à prática de Yôga, meditação, terapêutica bioenergética e seus respectivos fundamentos filosóficos. 

Em 2011, ingressou no curso de Dança, na Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde graduou-se e adotou a corrente de pensamento da Educação Somática, campo dos estudos sobre a unidade do corpo, sua anatomia, movimento, mente, emoção, percepções. É licenciado em Dança desde 2016. 

Atualmente, cursa língua inglesa na Universidade Federal da Bahia. Chico Fernandez experimenta Dança como forma de desenvolver maior energia vital, bem-estar e auto-conhecimento; e compartilha seus conhecimentos em oficinas, seminários, conferências e na revista Papo de Salão.

PATRONO 2
MANOEL FERREIRA SANTOS


LEGADO DO POETA ONOMÁSTICO

Por Thiago Fragata*

1 - ORIGEM DO RÓTULO QUARTA CIDADE MAIS ANTIGA

No dia 30 de julho de 2015, faleceu o Sr. Manoel Ferreira Santos (1922/2015), 92 anos, em sua residência localizada no centro histórico de São Cristóvão. Compareci ao velório que aconteceu no Museu Histórico de Sergipe. Os filhos aceitaram a última homenagem desta instituição que teve o pai como seu primeiro diretor. Entre os anos de 1960 e 1970, Manoel Ferreira geriu o museu instalado no antigo Palácio Provincial. 

O padre Valtervan Correia Cruz afirmou que o Poder Executivo, se tivesse a ciência dos serviços prestados por esse cidadão ao município, decretaria luto oficial por 3 dias e conclamaria toda a cidade, seus estudantes a participar do funeral. 

Os oradores resenharam a trajetória e o carácter do amigo, pai, avô, poeta, homem público e religioso que foi Manoel Ferreira Santos. O homenageado trabalhou na Fábrica Sam Christovam, aliás, chegou à cidade em 1935 para ser apontador no escritório da empresa. Fez carreira política a partir do operariado e população carente. Foi deputado estadual pelo PTB (Partido Trabalhista Brasileiro); fundador-proprietário do Restaurante Candangos, que se tornaria a principal casa de shows da cidade nos anos 1960 a 1970; a última experiência na seara política foi uma candidatura ao governo do Estado em 1980. Como deputado estadual defendeu a instalação de curso ginasial em São Cristóvão e proteção das nascentes dos rios. Em meados da década de 1990, foi eleito o presidente do Alcóolicos Anônimos (AA), secção São Cristóvão, onde realizou mais uma importante contribuição à sociedade sancristovense. 

Um fato desconhecido do público que compareceu as exéquias do poeta foi o seu papel na criação da marca Quarta cidade mais antiga do Brasil, como ficaria afamada São Cristóvão a partir de 1967. 

As pesquisas indicam que, até a década de 1960, esse rótulo não existia, por essa razão não era divulgado nos meios de comunicação. Ele surge com Manoel Ferreira dos Santos, então diretor do Museu Histórico de Sergipe. Naquela época, José Calasans, Freire Ribeiro, Manoel Cabral, Sebrão Sobrinho e até Jorge Amado vivenciavam a antiga cidade: uns, a trabalho; outros, como exercício literário ou passeio. Irremediavelmente, visitavam o museu e eram ciceroneados pelo poeta grandiloquente com suas recepções. Manoel Cabral, escritor e companheiro de partido de Manoel Ferreira, recomenda aos turistas: “Guarde a tarde para o Museu e Manoel Ferreira.” 

2 - ORATÓRIA E DA POETICIDADE
A voz grave e maviosa de Manoel Ferreira, exímio orador, encontrava a acústica perfeita nos conventos seculares e no antigo Palácio Provincial, atual Museu Histórico de Sergipe. Inúmeras plateias e comitivas foram surpreendidas por suas intervenções, que sempre eram substanciadas por versos, maioria de sua lavra. Irei tratar da sua oratória e da poeticidade.

No primeiro trimestre, quando deixou a direção do Museu Histórico de Sergipe, em 1971, o vice-presidente da gestão Garrastazu Médici: Augusto Rademaker chegou ao Estado em visita oficial. Em sua agenda, constava uma ida à ex-capital (São Cristóvão). Era unânime a opinião de que Manoel Ferreira era o cicerone ideal, porém ele não trabalhava na instituição cultural. Resumo, o governador veio até São Cristóvão no dia anterior rogar ao poeta uma recepção à altura da ocasião. Sobre o sucesso, basta informar que, semanas depois, o poeta integraria o quadro de pessoal do novo governo.

Augusto Rademaker era um militar linha dura, um dos figurões execráveis do triste período conhecido como Ditadura Militar. Infelizmente, muitos cidadãos brasileiros que se opuseram às vicissitudes da realidade política imposta foram perseguidos, torturados e mortos, com o aceno de militares como Rademaker. Sisudo, o militar chegou a exibir o riso num momento descontraído da palestra proferida por Manoel Ferreira. 

Vendo a foto da recepção oferecida ao vice-presidente Augusto Rademaker, registro de 1971, guardada como relíquia no acervo familiar, recordo outra mais recente, de 1982, quando Manoel Ferreira, na condição de candidato ao governo de Sergipe pelo seu partido (PDT), recebeu Leonel Brizola, que peregrinou no Estado angariando votos para o seu distinto correligionário.

Memórias em confronto, dois encontros de Manoel Ferreira com políticos de ideologias opostas. Sua performance era impecável como anfitrião, cicerone de uma grandiloquência que emendava versos e oportunas passagens bíblicas. Teremos saudades do homem, da sua voz inconfundível. (2)

Batizei ele “poeta onomástico”, pois seus versos brotavam diariamente, era uma necessidade básica. Também, seu mote inspirador era a data comemorativa, o santo ou a personalidade que iria encontrar no dia, o evento agendado ou visita surpresa. Por isso, muitos receberam suas poesias em dias de aniversário, casamento, formaturas, conquistas, chegadas, despedidas, ou inaugurações, enfim, momentos importantes que mereceram ganhar versos para ficarem eternizados por esses versos. Acrósticos, ele também cultivava essa arte que consiste em formar frases a partir das iniciais do nome do homenageado.

Impossível dizer quantos poemas e/ou acrósticos ele fez. Infelizmente, o vate prolífero nunca publicou livro. Dizia que “tudo precisava de uma boa revisão” ou que produzia apenas “versos simples”. 

A oratória dele cativava plateias, e suas intervenções não constavam na programação dos eventos. Eram, de fato, maravilhosas intervenções. Uma posse, aniversário, batismo, missa..., da multidão ecoava uma voz grave e aveludada, era ele quebrando o silêncio e/ou a modorra. Se ele convertia ouvintes? Não sei, mas o depoimento da professora universitária Maria Batista Lima Silva deve constar no tópico. Durante uma de suas palestras, no II Círculo dos Ogãs, dia 30 de outubro de 2013, a pesquisadora das questões étnico-raciais revelou que decidiu estudar o tema depois que assistiu a uma intervenção que Manoel Ferreira Santos na distante década de 1990. “Foi no Convento do Carmo, ele encerrou recitando a poesia Deus Negro, de Neimar de Barros”. A poesia era uma de suas prediletas pois discorria sobre um tema que lhe era muito caro, o racismo. Ela tem 76 versos! (3)

Ao recitar uma obra de fôlego, com todos os versos, de forma irretocável, o poeta impressionava. Festejado em sua comunidade, especialmente, na comunidade estudantil do Colégio Estadual Senador Paulo Sarazate, foi convidado para compor o júri de uma gincana cultural nos idos de 1978. Na ocasião, a poetisa Maria Glória, na época, estudante do 7º ano, testemunhou mais uma façanha do memorioso. Ele percebeu que o estudante omitiu versos do “Navio Negreiro”, de Castro Alves; “mutilou o poema” justificou o exigente jurado. Detalhe: o poema em questão contém 240 versos! (4)

Eis um pouco do orador, do poeta onomástico, do agente cultural Manoel Ferreira. De fato, sua folha de serviços prestados ao município de São Cristóvão é extensa. Temendo que o legado se perca no completo esquecimento e omissão reclamada pelo padre Valtervan Correia Cruz, sugiro que entidades, como o Museu Histórico de Sergipe, organizem um evento, seminário ou roda de conversa para desvelar o homem e sua obra. Muitos diziam que o poeta onomástico era um homem a merecer estátua numa das praças da cidade que ele adotou como sua e tanto trabalhou para seu desenvolvimento. Em sua humildade cristã, Manoel Ferreira discordava de tamanho galardão. Vezes, desconversava ou silenciava, mas exultava com a boa opinião dos amigos(as). Também discordava: achava que ele merecia mais que isso. Aliás, este foi o tema inspirador de uma poesia ofertada no seu último aniversário:

Eis o vosso merecimento
o veredicto neste natalício:
estátua na praça!? 
mas se festeja 94 anos, Manoel Ferreira, 
a cidade é que tem sorte
pois o bronze negaria a estatura do teu porte
mesmo o ouro ocultaria o valor do teu caráter.
Amigo, o mármore seria frio demais para vossos pés 
continuai assim um pensador orfão de Rodin
louvando o teu Senhor, rezando poesias
pois versículo é diminutivo da palavra verso. (5)

*Thiago Fragata é poeta e historiador. Email: thiagofragata@gmail.com

NOTAS DA PESQUISA
1 -  Arquivo Particular de Manoel Ferreira dos Santos, São Cristóvão. Oficio do Secretario- Geral do Conselho Federal de Cultura, Manoel C. Bandeira de Mello, ao Diretor do Museu de Sergipe, Manoel Ferreira dos Santos. N. 141, 29 de agosto de 1967. Datilografado 
2 - Entrevista com Manoel Ferreira Santos. São Cristóvão, 
3 - Depoimento de Maria Batista Silva, São Cristóvão. 30 de Outubro de 2013.
4 - Depoimento de Maria Gloria Santos, São Cristóvão. 10 de Julho de 2015.
5 - Manoel Ferreira Santos, poesia de Thiago Fragata publicada em “São Cristóvão poética e xilogravada”, de 2015.
Imagens: Leonel Brizola e Manoel Ferreira Santos. Candidatura deste ao Governo do Estado, 1982.

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

ASCLEA RECEBE TROFÉU MELHORES DO ANO 2018

Alda Cruz recebendo o Troféu Melhores do Ano 2018

Na  noite de sábado (15/12), a Academia Sancristovense de Letras e Artes recebeu o troféu Melhores do Ano 2018. A cordelista Alda Cruz representou a ASCLEA que este ano realizou uma intensa campanha de leitura e divulgação de conhecimento através de eventos, a exemplo das "Palestras Centenárias: José Augusto Garcez e Dom Adriano Mandarino Hypolito" realizada na última sexta (14/12).

Em sua terceira edição, o evento reconhece a atuação de pessoas e entidades da cidade de São Cristóvão, no segmentos comercio, serviços, atividades culturais e esportivas. Edcarla Soraya, editora do Jornal Tribuna Sergipe Del Rey, é a coordenadora geral. 


Momentos das Palestras Centenárias


quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

PALESTRAS CENTENÁRIAS




A Academia Sancristovense de Letras e Artes (ASCLEA) realizará na sexta, 14/12, a Palestras centenárias: José Augusto Garcez e Dom Adriano Hipolito Mandarino. Evento ocorrerá no auditório do Museu de Arte Sacra, no centro histórico, às 10 horas.

O historiador Adailton Andrade palestrará sobre Dom Adriano Hypolito Mandarino. O religioso, nascido em Aracaju, foi torturado e perseguido no regime militar e tornou-se um símbolo da resistência e defesa dos pobres. 



Quem palestrará sobre José Augusto Garcez é o historiador Thiago Fragata, atual presidente da ASCLEA. Na oportunidade serão revelados dados biográficos e novas pesquisas sobre a atuação do incansável agitador cultural sancristovense.

Thiago Fragata

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

UM CORDEL SOBRE RITA CACETE

Rita Cacete e sua filha - Xilogravura de Nivaldo Oliveira 2018


Thiago Fragata *

No Salão de Literatura, do XXXV Festival de Arte de São Cristóvão, dia 17 de novembro do corrente ano, foi lançado o cordel “A lenda de Rita Cacete”. (1) A obra de autoria coletiva foi produzida durante oficina ministrada pelo cordelista Chiquinho do Além Mar para os alunos da Escola Municipal de Ensino Infantil Tia Aidee, do povoado Rita cacete. A lenda da mitologia folclórica sancristovense é antiga. O documento que orientou a atividade foi publicado em 1904, por Severiano Cardoso, portanto há mais de um século. Quem era Severiano Cardoso e qual sua versão?

Artigo completo no Jornal Tribuna Sergipe Del Rey, edição de novembro. 
Assine com Edcarla Soraia, mande email: edsoraia@gmail.com 

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

RODRIGO MELO FRANCO DE ANDRADE EM SÃO CRISTÓVÃO - 1939

Rodrigo Melo Franco de Andrade

Por Thiago Fragata*

O Diretor-Geral do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), Rodrigo Melo Franco de Andrade, esteve em São Cristóvão ciceroneado por José Calasans Brandão da Silva, em dias de agosto de 1939. Na edição de 13 de agosto, a Folha da Manhã noticiou sua chegada a Capital, pelo Cliper da Panair, para um visita oficial a Sergipe “com o intuito de investigar os monumentos históricos do Estado”. (Continua)

Artigo completo no Jornal Tribuna Sergipe Del Rey, edição de novembro.
Assine jornal com Edcarla Soraia, mande email: edsoraia@gmail.com

Já foram publicados:
GREGÓRIO DE MATOS GUERRA EM SÃO CRISTÓVÃO
JORGE AMADO EM SÃO CRISTÓVÃO
SAVAGET EM SÃO CRISTÓVÃO
IRMÃ DULCE EM SÃO CRISTÓVÃO
D. PEDRO II EM SÃO CRISTÓVÃO
CÂMARA CASCUDO EM SÃO CRISTÓVÃO

Você pode receber qualquer texto em PDF mediante pagamento de taxa de serviço R$ 30,00. Mande recibo para e-mail: thiagofragata@gmail.com

O VAMPIRO QUE DESCOBRIU O BRASIL; VAMOS LER, SÃO CRISTÓVÃO?


A Academia Sancristovense de Letras e Artes (ASCLEA) realiza ações literoativas no município  de São Cristóvão desde sua fundação em 1º agosto de 2017. Esta semana a Biblioteca Municipal Lourival Baptista, localizada na Praça São Francisco, centro histórico, recebeu dois produtos da entidade: o exemplar da jornal ReleVo, de Curitiba/Pr, (ASCLEA assinou também o jornal Tribuna Sergipe Del Rey, de São Cristóvão) e 2 exemplares do livro de Ivan Jaf, O Vampiro que descobriu o Brasil. 

O VAMPIRO QUE DESCOBRIU O BRASIL, de Ivan Jaf, é a terceira obra trabalhada desde a criação do clube organizado pela Academia Sancristovense de Letras e Artes (ASCLEA). O projeto que sonha fazer de São Cristóvão uma cidade leitora já desvelou "A margem do Rio", de Silvério Viera Dantas; e "O Comedor de Jia", de Pedrinho Santos. 

Você pode pegar o livro emprestado na biblioteca ou comprá-lo em alguma livraria de Aracaju. 

CONVITE 
RODA DE LEITURA E BATE PAPO: 
O VAMPIRO QUE DESCOBRIU O BRASIL, 
DE IVAN JAF
DATA: 5 de dezembro - quarta
LOCAL: Biblioteca Municipal Lourival Baptista, localizada na Praça São Francisco, São Cristóvão/SE
HORÁRIO: 9 hs 

terça-feira, 13 de novembro de 2018

MAMÃE, PAPAI E CRIANÇAS!!! CONVITE ESPECIAL DO FASC 2018


Espetáculo "Faz de conta". Divulgação



“Livro e leitura rima com lúdica!” Afirma o poeta e historiador Thiago Fragata, que coordenará o Salão de Literatura José Augusto Garcez, no 35º. Festival de Arte de São Cristóvão (FASC), junto com Rafaela Pereira. 

A contação de estórias para crianças e o exercício da contação visando pais e mestres são itens da programação do Salão de Literatura que vai funcionar na Praça da Matriz, entre os dias 15 e 18 de agosto. Estórias, lidas ou contadas, desperta no público infantil o interesse pelo livro, pelo aprendizado da leitura. 

Daí o convite: leve sua criança ao Salão, principalmente, no domingo...Domingo, 18/11, a partir das 14 horas, Guil Costa apresentará o espetáculo “Faz de Conta”; às 17 horas, Luiz Carlos Nascimento Hora palestrará sobre “A contação de estórias como mediação de leitura". Entendeu? Ela vai gostar e você vai aprender dicas de como entreter crianças com o livro infantil. O livro é um brinquedo mas a criança não sabe disso até que alguém desvele. 


SABER MAIS
Especial FASC 2018: criançada tem diversão garantida no evento

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Salão de Literatura apresenta os autores que lançarão no FASC 2018


Marcos Cardoso lança o romance O Anofelino Solerte

Anunciado o time de autores que lançarão obras no Salão de Literatura José Augusto Garcez, do Festival de Artes de São Cristóvão 2018 (FASC), nesta quinta, 15/11, a partir das 18 horas. Romance, cordel, pesquisa acadêmica, crônicas, historia, são alguns gêneros literários a representados. "diversificamos o leque de opções das obras lançadas ou relançadas visando a satisfação do público leitor", esclarece Rafaela Pereira, coordenadora do Salão em parceria com Thiago Fragata.

O Salão de Literatura será instalado em novo espaço, na Praça da Matriz; ele oferece uma intensa programação e a Feira da Prensa reunindo cordelistas, sebistas, dentre outros personagens do livro e literatura alternativa. 


Conheça os ilustres escritores e suas obras:

Germana Gonçalves apresenta sua pesquisa sobre Candido Aragonês FARIA

Antonio Saracura lança Minha Querida Aracaju Aflita



Elane Marques lança Sila: do cangaço ao estrelato




Chiquinho do Alem Mar lança Sergipe e seus encantos

LISTA COMPLETA DOS AUTORES E OBRAS



Henrique Maynart
Obra: Nem copo de cachaça, nem prato de comida - a primeira greve dos comunicadores sergipanos

Aderbal Bastos Barroso
Obra: Agridoce melaço de cana e jabuticabas maduras

Jozailton Oliveira Lima
Obra: Ainda os lobos

Chiquinho do Além Mar
Obras: Sergipe e seus encantos; A História de Sergipe contada em versos

Elane Lima Marques
Obra: Sila: do Cangaço ao estrelato

Cândida Oliveira; Fábio Maurício e Thais Lima

Obra: Uma luz em minha vida: Umbanda

Marcos Cardoso

Obra: o Anofelino Solerte 

Moíses Menezes
Obra: Os Não Recomendados – A Violência Contra a População LGBT em Sergipe

Antônio FJ Saracura (Antônio Francisco de Jesus)
Obra: Minha querida Aracaju aflita

Ronaldson Souza
Obra: Litorâneos (2a. edição)

Germana Gonçalves
Obra: Faria, um ilustrador sergipano das artes aplicadas


Raimundo Emanuel 
Menino do Interior 

POESIA, ESSE CARA VAI BOMBAR NO FASC 2018 !!!!!!

"Extremamente barulhento, certos assuntos, por exemplo". Divulgação 

Pedro Bomba é uma das atrações do primeiro dia do Salão de Literatura José Augusto Garcez, do Festival de Arte de São Cristóvão (FASC), dia 15 de novembro, às 18 horas. Sua performance "Extremamente barulhento certos assuntos, por exemplo" foi lançada no último dia 30 de outubro, no Sesc Palladium, em São Paulo; é grande a expectativa do público deste grande poeta declamador que nasceu em Aracaju/SE e ganhou o mundo. 

SOBRE O RECITAL 

Numa espécie de metalinguagem anacrônica, o poeta inicia a performance num jogo com a própria voz. Os temas passam pela ontologia das coisas e das palavras, a relação com a imagem, com a voz e com a escuta e reflexões poéticas em torno do mundo.

CONFIRA PORQUE PEDRO É BOMBA!


O Salão de Literatura é coordenado por Thiago Fragata, atual Presidente da ASCLEA, e Rafaela Pereira.

Clique e acesse Programação completa!

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

ASCLEA É DESTAQUE NO FASC 2018


Rafaela Pereira
O Salão de Literatura "José Augusto Garcez", do Festival de Artes de São Cristóvão (FASC) repetirá em 2018 uma dupla ascleana na coordenação: O historiador Thiago Fragata, atual Presidente da ASCLEA, e Rafaela Pereira, secretária da instituição.


Thiago Fragata


NOVIDADES

Com uma programação diversa (palestras, recitais poéticos, intervenções musicais, contação de estórias para crianças, oficinas, etc) o Salão de Literatura lembra e renderá homenagens ao sancristovense José Augusto Garcez, nascido há 100 anos.

A Feira da Prensa é uma novidade, ela reúne cordelistas, sebistas, amantes dos livros e da leitura. 

A ASCLEA receberá poetas/poetisas para declamações todos os dias às 19 horas.

Haverá sorteio-surpresa de 100 livros do selo UFS. sortudo(a) pode levar o vale-livro e escolher livro do seu interesse.


Haverá uma Exposição Digital "Literatura Sergipana", realizada por Roseneide Santana (DLEV/UFS).

ASCLEA está representada na coordenação e também na programação. Marcarão presença os confrades Vera Lucia, Maria Gloria, Edcarla Soraya, Rubem Maia e outros.

PROGRAMAÇÃO COMPLETA

DIA 15 DE NOVEMBRO - QUINTA

14h- 19h Feira de Prensa “Cordel e Imprensa Alternativa”
14h Intervenção Musical – Solo de Gaita com Mateus Santana
15h Oficina de Poesia e Fanzine com Clara de Noronha e Liria Regina
17h Abertura Oficial do Salão Literário “José Augusto Garcez”
17h10 Intervenção Poética “Extremamente Barulhento, Certos Assuntos, Por Exemplo” com Pedro Bomba
18h Lançamento dos Livros
19h Academia Sancristovense de Letras e Artes recebe convidados com Arte e Poesia.


DIA 16 DE NOVEMBRO - SEXTA
14h- 19h Feira de Prensa “Cordel e Imprensa Alternativa”
14h Recital Garcez Liteorativo
14:50 hs – Apresentação do cordel A Lenda de Rita Cacete feito pelos alunos da EMEI AIDEE
15h Oficina “Cordelista na Peleja com Xilogravuras”, com Nivaldo Oliveira
17h Roda de Conversa “Com Açúcar com Afeto, fiz seu Artigo Predileto. A Ciência Cantada de Chico Buarque”, com Paula Araujo (SP)
18h Bate-papo LITERATURA ALTERNATIVA com Germana Araújo (SE) e convidadas: Edcarla Soraya (Jornal Tribuna Sergipe Del Rey – São Cristóvão (PR), Ilma Fontes (Jornal O Capital – Aracaju/SE) Juliana de Jesus Andrade (Wattpad)
19h Academia Sancristovense de Letras e Artes recebe convidados com Arte e Poesia

DIA 17 DE NOVEMBRO - SÁBADO
14h-19h Feira de Prensa “Cordel e Imprensa Alternativa”
14h Contação de história, com Adriana Alencar
15h Oficina de Fanzine, com Zé Luciano
17h Mulheres na Cena: Cordel e Rap com Daiene Sacramento (Academia Sergipana de Cordel) e Daniela (Bruxas do Cangaço)
18h Apresentação Musical “De Repente”, com Vem Vem do Nordeste e João Bezerra
19h Academia Sancristovense de Letras e Artes recebe convidados com Arte e Poesia

DIA 18 DE NOVEMBRO - DOMINGO
14h-19h Feira de Prensa “Cordel e Imprensa Alternativa”
14h Espetáculo “Faz de Conta”, com Guil Costa
15h Intervenção Literatura de Mulheres Negras – Coletivo Coralina de Jesus
16h Bate-papo com escritor Euler Lopes – “Leitura de Textos Dramatúrgicos”
17h Contação de História como Mediação de Leitura, com Luiz Carlos Nascimento Hora
18h Apresentação Musical com Victor Hugo
19h Academia Sancristovense de Letras e Artes recebe convidados com Arte e Poesia

José Augusto Garcez
Cartaz do FASC 2018

terça-feira, 30 de outubro de 2018

ASCLEA ASSINA JORNAIS E DISPONIBILIZÁ NA BIBLIOTECA

JORNAL

A Academia Sancristovense de Letras e Artes (ASCLEA) fez assinatura do jornal ReleVo, de Curitiba, a favor da Biblioteca Municipal Senador Lourival Baptista, localizada na Praça São Francisco. A ASCLEA, que também assinou o Tribuna Sergipe Del Rey para esta biblioteca, contribui assim para diversificar as opções do acervo e incentivar o hábito da leitura na cidade. Para Thiago Fragata, Presidente daquela entidade, “a iniciativa partiu de uma demanda existente pois a biblioteca local atende basicamente estudantes, como se fosse uma biblioteca escolar, falta ali o cidadão comum; então criar uma hemeroteca, uma prateleira com jornais, pode diversificar o perfil dos leitores e consumar o seu perfil de biblioteca comunitária.”

A Biblioteca Municipal Senador Lourival Baptista começa a receber pelos Correios o jornal ReleVo, a partir de novembro. ASCLEA planeja ainda confeccionar um mobiliário especial, próprio para disponibilizar e facilitar o manuseio de jornais. Também, sugere que pessoas simpatizantes da iniciativa ou mesmo instituições comprometidas com a educação e cultura pode fazer o mesmo, assinando outros jornais.


Thiago Fragata, Presidente da ASCLEA
 

sábado, 20 de outubro de 2018

RUBEM MAIA


Acadêmico da ASCLEA desde 1/8/2018. Memorialista e Artista Plástico. Rubem Maia nasceu em 30 de novembro de 1936, como primogênito de 11 filhos de José Maia e Zilah Camarim Maia. Natural de Friburgo/RJ, onde residiu durante os primeiros 14 anos da sua vida. Dispondo de poucos recursos, foi obrigado a trabalhar desde muito cedo para ajudar na renda familiar. Em 1954 concluiu o antigo segundo grau, mas já exercia a função de técnico em Eletricidade. Casou-se com Alda Londres no ano de 1959, após o seu matrimônio exerceu a profissão em diversas regiões do país. Entretanto, foi no estado da Bahia, após a sua aposentadoria, que desenvolveu diversas atividades sociais, sendo reconhecido por cada uma dessas ações. 


No município de Conceição de Jacuípe exerceu função voluntária enquanto Comissário de Menor, fundando a Casa do Menor, bem como fundou uma Escolinha de Futebol e a Guarda Mirim, conseguindo agremiar centenas de jovens nestes projetos, os conduzindo para o caminho do bem. Enfim, por onde este grande homem passou, deixou o seu legado. Recebendo, inclusive, o título de cidadão neste município, como fruto do reconhecimento.

A sua relação com São Cristóvão está intrinsecamente ligada aos familiares da sua esposa, pois, quando os mesmo vinham visitar os seus pais ficava inebriado com as potencialidades da cidade. Nas suas visitas sempre levava com ele um pouco da Velha Cap e uma vontade imensa de fazer parte da sua história. No ano de 2014, a visita se prolongou e a decisão de se estabelecer na cidade foi definitiva. O desejo de colaboração sempre esteve latente nas veias de Rubem Maia, foi quando conheceu Efigênia Valles e nasceu a ideia de criar um jornal, este tendo como finalidade promover a cidade histórica.

No ano de 2015 é criado o Jornal Tribuna Sergipe Del Rey, em parceria com Edcarla Soraia, atualmente é colunista deste veículo de comunicação.

Ao longo de uma vida participou de inúmeros cursos justificado pela sua sede de conhecimento, a exemplo de fitoterapia, acupuntura, massagem terapêutica. Mas, foi no campo das Artes que se descobriu. Fez curso de Pintura na Escola de Artes de Salvador, entretanto, passou dois anos longe das telas e pinceis por motivo de doença.

No ano de 2014, motivado pelo artista plástico sergipano Valter Soares, voltou a pintar, e hoje é membro da Associação dos Artistas Plásticos do Estado de Sergipe com o número de Matrícula 017.


JOSÉ DOS SANTOS SOUZA (ZEZINHO) 
PATRONO – CADEIRA N. 17 

(Por Thiago Fragata) 

O poeta José dos Santos Souza, popular Zezinho, sancristovense, nasceu no bairro Apicum Mérem em 20/09/1963. Trabalhou no ramo da construção civil. À custa de muitos esforços, somente no ano 1998 conseguiu publicar a coletânea Por amor à nossa Terra, com poesias dedicadas a São Cristóvão e Aracaju. Destaque para a sua poesia dedicada ao Patrono-Mor da Academia Sancristovense de Letras e Artes (ASCLEA), João Bebe-Água, que enriquece a sua obra. 

JOÃO BEBE-ÁGUA* 

Sei que você 
foi um vulto, 
que lutou pela cidade 
pra permanecer capital, 
mas sua influência 
política era pouca; 
mesmo assim 
não conseguiram 
calar sua boca e 
nem de lutar pelo seu ideal; 
criou versos de protestos e 
guardou fogos de alegria, 
se um dia São Cristóvão voltasse a ser capital. 

O poeta Zezinho do Apicum Merém silenciou a voz e ascendeu com seus versos no dia 4 de fevereiro de 1999. 

*SOUZA, José dos Santos. Por amor à nossa Terra. São Cristóvão, 1998, p. 11.

terça-feira, 25 de setembro de 2018

VERA LUCIA DOS SANTOS




Membro-Fundadora da Academia Sancristovense de Letras e Artes (ASCLEA). Vera Lúcia dos Santos nasceu no dia 28 de março de 1963 em São Cristóvão; é filha de Josefa Tereza de Jesus (tecelã) e Lourival José dos Santos (marceneiro). Cursou o ensino fundamental e médio em escola pública e formou-se em Letras pela Faculdade Atlântico. Dentre tantas atividades da sua vida, vale destacar que Vera Lúcia é funcionária pública municipal, professora, mãe de Thereza Sofia dos Santos Feitosa, membro do Conselho Municipal de Direito da Criança e do Adolescente (CMDCA/SC), ex-chefe de gabinete da Procuradoria do Município, ex-secretária na Promotoria Especial de São Cristóvão, ex-oficial de cartório no Juizado Especial Cível e Criminal. 

PRODUÇÃO ACADÊMICA E POÉTICA

Apaixonada por sua cidade, participante de várias edições do FASC e sentindo a escassez de dados sobre sua História, resolveu pesquisar e apresentar o resultado na forma de uma monografia intitulada “A Memória do primeiro Festival de Arte de São Cristóvão em questão” que deseja lançar no formato livro (prelo). A propósito, Vera mantém produção poética, com alguns versos publicados no Jornal Tribuna Sergipe Del Rey, a exemplo desta que teve como mote o FASC 2017:






















PATRONA: MARIA VESTA VIANA
CADEIRA N. 7

Ela nasceu no dia 30 de agosto de 1930. Artista plástica e poetisa de São Cristóvão, conhecida como pintora primitiva de igrejas e paisagens de sua cidade. Ainda menina, em 1960, descobriu seu talento com as tintas e em 1970 foi descoberta como artista plástica, pelo ilustre casal, Jorge Amado e Zélia Gattai, enquanto visitavam a 4ª Cidade mais antiga do Brasil. Vesta orgulhava-se de cuidar do jardim do quintal de sua casa, e foi nesse cenário em que a jovem artista conheceu o casal que se transformou em amigos correspondentes. O casal de turistas, em busca dos deliciosos doces, confeccionados e comercializados por Dona Noêmia Soares Viana, se deparou com a garota simples, entretida em meio a tintas e tela.

Em 1972, Vesta Viana montou ateliê em sua casa e o manteve até 1986. Sua Exposição no 1º FASC e a ajuda de Jorge Amado e Zélia Gattai foram de suma importância para a consagração da artista e para a divulgação de sua obra. Por intermédio do casal, sua obra integra o acervo do Museu de Arte Primitiva de Guimarães, Portugal e diversas instituições culturais receberam seus quadros.

Como poetisa, seguiu a mesma linha da artista plástica, inspirando-se sempre nas belezas da sua terra natal. Sua obra poética não chegou ao conhecimento das editoras.

A artista dirigiu na década de 90, a instituição Centro de Artes Aloísio Magalhães, onde também ministrava aulas de pintura, com muita competência. Ela recebeu em 2005 a Comenda Cultural FASC, dedicada àqueles que contribuíram para criação e para o sucesso do evento.

Vesta Viana, manteve ao longo de sua vida, uma prestação de serviço gratuito à população de São Cristóvão, através dos seus relevantes conhecimentos sobre a história da cidade, disponibilizando-os a quem a procurasse. Disso posso falar, pois em meados de 2009, estive em sua casa, em busca de informações acerca do Primeiro Festival de Artes de São Cristóvão. Educada, cordial e humilde, a artista abriu suas portas e me acolheu em um longo e incansável diálogo, o qual foi de grande valia para a confecção do meu Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado Faculdade Atlântico. Após horas de conversa, anotações e delírios, deixei a casa 54, da Rua Frei Santa Cecília, maravilhada e cheia de admiração por aquela pessoa/artista encantadora e nobre.

Maria Vesta Viana faleceu no dia 21 de janeiro de 2017.

terça-feira, 7 de agosto de 2018

CACAU, de Jorge Amado - leitura de agosto/setembro



O Clube de Leitura São Cristóvão sugere para os meses agosto/setembro a leitura de Cacau, livro de Jorge Amado, autor de Tieta, Mar Morto, Terras do sem fim, dentre outros. A estória começa na quarta cidade mais antiga do Brasil, São Cristóvão, no "tempo das fábricas"... ficou interessado? Corre lá na biblioteca Biblioteca Municipal Senador Lourival Batista, na Praça São Francisco, ou compre o livro em qualquer livraria, você pode comprar pela internet também. Não vale é ficar parado, aliás se vai ficar parado, lendo é melhor! 



Deseja trocar ideia sobre a leitura de Cacau, segundo livro do famoso amigo de Vesta Viana, artista plástica sancristovense? 

Vesta Viana segura quadro dedicado ao amigo Jorge Amado

RODA DE CONVERSA SOBRE CACAU
DIA: 27 de setembro - 9 horas
Local: Biblioteca Municipal Senador Lourival Batista, Praça São Francisco

O projeto de incentivo a leitura Clube de Leitura São Cristóvão é uma iniciativa da Academia Sancristovense de Letras e Artes (ASCLEA), que conta com importantes parceiros que garantem sucesso. São eles: A Fundação Municipal de Cultura e Turismo João Bebe-Água (FUNDACT/PMSC), que gerencia a Biblioteca Municipal Senador Lourival Baptista; a Secretária Municipal de Educação (SEMED/PMSC); a ONG Ação Popular e Cidadania João Bebe Água (ACIJOBA), Nova Gazeta FM 104, Jornal Tribuna Sergipe D'El Rey.


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Prefeito recebe homenagem durante comemoração de 1° ano da Academia Sancristovense de Letras e Artes

Marcos Santana recebe as insígnias de benemérito 

No dia em que se comemora oito anos da chancela da praça São Francisco como patrimônio da humanidade, o sancristovense celebra, também, o primeiro ano da Academia de Letras e Artes do município. O prefeito Marcos Santana foi um dos homenageados durante a solenidade festiva, que contou com apresentação do grupo Renantique e posse de seis novos membros. 

O presidente e fundador da Academia, o historiador Thiago Fragata, explicou que o gestor foi um dos homenageados pelo trabalho de resgate cultural realizado no município e falou sobre a atuação da Academia. 

“A Academia, nesse primeiro ano de existência, teve algumas dificuldades, porque nós somos poucos e há muito o que ser feito. Temos ambições grandiosas, desejamos transformar São Cristóvão numa cidade leitora. Não temos intenção em trabalhar uma escola, um bairro ou apenas uma roda de intelectuais falando de literatura. Nós temos ambições de atuar na sociedade com leitura e ações de forma efetiva. Realizamos o evento Pense alto, fizemos rodas de leitura sobre o carnaval neste ano. Recentemente, fizemos uma conferência sobre Lampião e, agora, neste mês de agosto, vamos festejar o centenário de José Augusto Garcez, que foi um poeta e um museólogo”, informou. 

“Hoje temos dois beneméritos sendo diplomados e um deles é Marcos Santana, o prefeito, pois percebemos que houve uma retomada dos eventos culturais da cidade, a exemplo do Festival de Arte, a exemplo do carnaval e dos festejos juninos. Há um carinho e há uma pró-atividade desse gestor. Então a Academia decidiu homenageá-lo pela sua contribuição a esse cenário cultural que é muito rico”. 

O prefeito se disse honrado com a homenagem e afirmou que trabalha para resgatar a efervescência cultural da cidade. “Estou bastante honrado. Não me sinto merecedor desta honraria, cuja justificativa é a ajuda, enquanto cidadão. Não sou homem das artes e das letras, sou mero apreciador. Agradeço e parabenizo a academia sancristovense de Letras e Artes, sobretudo, porque sai das reuniões e vai para as ruas com a tarefa nobre de formar leitores, apreciadores das artes, de enriquecer nossa cidade. Que ela volte a ser a são Cristóvão efervescente culturalmente, socialmente e economicamente. Estamos vivenciando um dia importante para nossa cidade, oito anos do título da Unesco de nossa praça São Francisco, que simboliza o marco zero de nosso povoamento. Isso nos enche de orgulho e regozijo”. 

Na ocasião, seis novos membros foram empossados. Entre eles, o artista plástico Gladston Barroso, que lançou exposição nesta quarta-feira (1°), no Museu Militar. São 15 peças que utilizam técnicas variadas como carvão, colagem, tinta acrílica, nanquim. “Estamos lançando hoje a exposição de retratos, que são desenhos e pinturas em tela, desenhos de rostos imaginários. Estou muito feliz em fazer parte da Academia, que abriu para Letras e Artes, abrindo um leque para outros artistas. Minha cadeira leva o nome de Jenner Augusto e é uma honra muito grande”. 

Edicarla Soraia Feitosa, assistente social e proprietária do jornal Tribuna Sergipe Del Rey também tomou posse nesta quarta. “É uma satisfação muito grande porque somos o único veículo impresso a ter uma cadeira na Academia. É o resultado de nosso trabalho”, disse. 









*Matéria produzida pela ASCOM/PMSC. Fotos: Danielle Pereira