terça-feira, 7 de agosto de 2018

CACAU, de Jorge Amado - leitura de agosto/setembro



O Clube de Leitura São Cristóvão sugere para os meses agosto/setembro a leitura de Cacau, livro de Jorge Amado, autor de Tieta, Mar Morto, Terras do sem fim, dentre outros. A estória começa na quarta cidade mais antiga do Brasil, São Cristóvão, no "tempo das fábricas"... ficou interessado? Corre lá na biblioteca Biblioteca Municipal Senador Lourival Batista, na Praça São Francisco, ou compre o livro em qualquer livraria, você pode comprar pela internet também. Não vale é ficar parado, aliás se vai ficar parado, lendo é melhor! 



Deseja trocar ideia sobre a leitura de Cacau, segundo livro do famoso amigo de Vesta Viana, artista plástica sancristovense? 

Vesta Viana segura quadro dedicado ao amigo Jorge Amado

RODA DE CONVERSA SOBRE CACAU
DIA: 27 de setembro - 9 horas
Local: Biblioteca Municipal Senador Lourival Batista, Praça São Francisco

O projeto de incentivo a leitura Clube de Leitura São Cristóvão é uma iniciativa da Academia Sancristovense de Letras e Artes (ASCLEA), que conta com importantes parceiros que garantem sucesso. São eles: A Fundação Municipal de Cultura e Turismo João Bebe-Água (FUNDACT/PMSC), que gerencia a Biblioteca Municipal Senador Lourival Baptista; a Secretária Municipal de Educação (SEMED/PMSC); a ONG Ação Popular e Cidadania João Bebe Água (ACIJOBA), Nova Gazeta FM 104, Jornal Tribuna Sergipe D'El Rey.


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Prefeito recebe homenagem durante comemoração de 1° ano da Academia Sancristovense de Letras e Artes

Marcos Santana recebe as insígnias de benemérito 

No dia em que se comemora oito anos da chancela da praça São Francisco como patrimônio da humanidade, o sancristovense celebra, também, o primeiro ano da Academia de Letras e Artes do município. O prefeito Marcos Santana foi um dos homenageados durante a solenidade festiva, que contou com apresentação do grupo Renantique e posse de seis novos membros. 

O presidente e fundador da Academia, o historiador Thiago Fragata, explicou que o gestor foi um dos homenageados pelo trabalho de resgate cultural realizado no município e falou sobre a atuação da Academia. 

“A Academia, nesse primeiro ano de existência, teve algumas dificuldades, porque nós somos poucos e há muito o que ser feito. Temos ambições grandiosas, desejamos transformar São Cristóvão numa cidade leitora. Não temos intenção em trabalhar uma escola, um bairro ou apenas uma roda de intelectuais falando de literatura. Nós temos ambições de atuar na sociedade com leitura e ações de forma efetiva. Realizamos o evento Pense alto, fizemos rodas de leitura sobre o carnaval neste ano. Recentemente, fizemos uma conferência sobre Lampião e, agora, neste mês de agosto, vamos festejar o centenário de José Augusto Garcez, que foi um poeta e um museólogo”, informou. 

“Hoje temos dois beneméritos sendo diplomados e um deles é Marcos Santana, o prefeito, pois percebemos que houve uma retomada dos eventos culturais da cidade, a exemplo do Festival de Arte, a exemplo do carnaval e dos festejos juninos. Há um carinho e há uma pró-atividade desse gestor. Então a Academia decidiu homenageá-lo pela sua contribuição a esse cenário cultural que é muito rico”. 

O prefeito se disse honrado com a homenagem e afirmou que trabalha para resgatar a efervescência cultural da cidade. “Estou bastante honrado. Não me sinto merecedor desta honraria, cuja justificativa é a ajuda, enquanto cidadão. Não sou homem das artes e das letras, sou mero apreciador. Agradeço e parabenizo a academia sancristovense de Letras e Artes, sobretudo, porque sai das reuniões e vai para as ruas com a tarefa nobre de formar leitores, apreciadores das artes, de enriquecer nossa cidade. Que ela volte a ser a são Cristóvão efervescente culturalmente, socialmente e economicamente. Estamos vivenciando um dia importante para nossa cidade, oito anos do título da Unesco de nossa praça São Francisco, que simboliza o marco zero de nosso povoamento. Isso nos enche de orgulho e regozijo”. 

Na ocasião, seis novos membros foram empossados. Entre eles, o artista plástico Gladston Barroso, que lançou exposição nesta quarta-feira (1°), no Museu Militar. São 15 peças que utilizam técnicas variadas como carvão, colagem, tinta acrílica, nanquim. “Estamos lançando hoje a exposição de retratos, que são desenhos e pinturas em tela, desenhos de rostos imaginários. Estou muito feliz em fazer parte da Academia, que abriu para Letras e Artes, abrindo um leque para outros artistas. Minha cadeira leva o nome de Jenner Augusto e é uma honra muito grande”. 

Edicarla Soraia Feitosa, assistente social e proprietária do jornal Tribuna Sergipe Del Rey também tomou posse nesta quarta. “É uma satisfação muito grande porque somos o único veículo impresso a ter uma cadeira na Academia. É o resultado de nosso trabalho”, disse. 









*Matéria produzida pela ASCOM/PMSC. Fotos: Danielle Pereira

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

EVENTO DA ASCLEA MOSTRA LAMPIÃO COMO ARTISTA

Cartaz do evento

Na semana que completa 80 anos da morte de Lampião, o amado e odiado líder do cangaço, que pereceu em Poço Redondo, Sergipe, no dia 28 de julho de 1938, a Academia Sancristovense de Letras e Artes (ASCLEA) realizou uma abordagem diferente sobre o tema: a conferência Lampião Artista. Na manhã de sexta-feira (27/7) o Presidente da ASCLE, Thiago Fragata, palestrou aos alunos e professores da Escola Estadual Manoel dos Passos de Oliveira Teles sobre os talentos de Virgulino Ferreira da Silva, antes concedeu entrevista a equipe da TV Alese.

ESTILISTA

Todos ficaram entusiasmados com as revelações feitas pelo historiador. Fragata mostrou, inclusive com fotos, que Lampião era um exímio costureiro, manobrando uma máquina singer com a mesma habilidade que manobrava um rifle parabellum. Ele teria, como estilista, criado peças da indumentaria cangaceira.

Uma rara imagem de Lampião costurando

POETA POPULAR – COMPOSITOR 
Graças ao cangaceiro Volta Seca, preso em 1932, soubemos das peças poéticas que formavam o cancioneiro do cangaço, a exemplo de “Acorda Maria Bonita” e “Olé Mulher rendeira”. Volta Seca lançou o LP Cantigas de Lampião em 1956, doravante as composições do líder cangaceiro foram imortalizadas na voz de Luiz Gonzaga e outros artistas.


DANÇARINO - DIVULGADOR DO XAXADO
Se Virgulino não inventou o xaxado - como dizem alguns pesquisadores impressionados com o fato da dança ter surgido no Alto Sertão de Pernambuco, região onde ele nasceu -, com certeza ele divulgou a dança no nordeste. É o que afirma Luis da Câmara Cascudo, grande pesquisador da cultura popular brasileira.

Thiago Fragata palestrando
Entrevista para equipe da TVALESE

Nas considerações finais, Thiago Fragata esclareceu que sua conferência é fruto de 15 anos de pesquisa. Que sua abordagem é uma alternativa imparcial pois não encontra respaldo nos estudiosos que defendem Lampião como herói ou bandido. Uma explicação possível para o fato, segundo o historiador, é o preconceito ainda vigente na sociedade quanto a imagem de artista.


A ASCLEA