Herdeira de Vesta Viana, Mariana, recepcionada por Vera Lucia |
Na tarde de quinta, 31/1, a Academia Sancristovense de Letras e Artes (ASCLEA) realizou a primeira edição do projeto “Homenagem ao Patrono(a)”, com uma sessão dedicada a artista Maria Vesta Viana, patrona da cadeira N. 7, da poetisa Vera Lucia Santos.
Houve recital poético e palestras sobre a vida e a obra de Vesta Viana, falecida no dia 21 de janeiro de 2017. "Dois anos sem Vesta", como alguns ascleanos batizaram o evento, revelou o quanto São Cristóvão era essencial na inspiração e no estado de espírito desta sancristovense, amiga de Zellia Gattai e Jorge Amado.
O Colégio Prado Meireles enviou 2 turmas para prestigiar o evento. Diante da plateia de estudantes, familiares, artistas e amigos da homenageada, Cleide Santos e Maria Gloria, poetisas, entoaram versos; Thiago Fragata, historiador e biógrafo de Vesta Viana, revelou casos hilários e concitou todos a realizar catalogação da obra dispersa da artista naif, ora como acervo de instituições como o Museu Histórico de Sergipe, ora na mão de colecionadores e/ou leigos.
O historiador destacou ainda que “Vesta Viana vivia poeticamente e isso se acha plasmado em seus quadros; embora suas poesias – sim, ela escrevia poesias - não tenham entrado no mercado. A cidade era sua fonte de inspiração para os dois movimentos artísticos mais intensos da vida. Sua relação bairrista com São Cristóvão tinha no passado imperial algo extemporâneo. Explico. Vesta era monarquista e vivia àquela época mesmo vivendo em tempos republicanos, não por acaso compareceu a recepção ao herdeiro do trono imperial, Dom Luiz de Orleans e Bragança, aqui mesmo neste museu, por ocasião do plebiscito “Brasil: republicano ou monarquia parlamentarista?”, em 1993. Minha última visão de Vesta Viana foi no seu velório, no dia 21 de janeiro de 2017, percebi que adornando o féretro tinha um terço e um brouche com o brasão imperial.
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