segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

ASCLEA entrega Voto de Louvor a Marcos Santana pela realização do FASC

Prefeito Marcos Santana exibe documento

O prefeito Marcos Santana recebeu na manhã desta quinta-feira (27) o Voto de Louvor nº 1 da Academia Sancristovense de Letras e Artes (ASCLEA). A entrega aconteceu na Escola do Lar Imaculada Conceição (ELIC). Na ocasião, o sancristovense Chico Fernandez foi empossado como novo imortal da ASCLEA.

A entrega do Voto de Louvor nº 1 da Academia Sancristovense de Letras e Artes para o prefeito Marcos Santana foi em função da realização do 35º Festival de Artes de São Cristóvão (FASC). O documento reitera a importância do evento em prol da cultura sergipana, e da utilização da Praça São Francisco, como: “cenário das manifestações de um povo, por considerarmos um aspecto reputado pelo Comitê de Patrimônio Mundial como de suma importância para preservação deste bem cultural reconhecido Patrimônio da Humanidade”.

Com muita satisfação recebo este documento dos membros da Academia Sancristovense de Letras e Artes, na certeza de que realizamos um dos maiores festivais de cultura do Brasil. O FASC hoje não é apenas uma referência para Sergipe, mas expandiu estado e conquistamos públicos de outros lugares. Tivemos quatro dias de festa, sem nenhuma ocorrência policial, com todo o público sendo assistido em seu direito de ir e vir. Sendo assim recebo este Voto de Louvor com orgulho e a sensação de dever cumprido para com a cultura brasileira, e principalmente, para com o povo sancristovense”, pontuou o prefeito Marcos Santana.

CHICO FERNANDEZ

Dentro das celebrações de hoje, o empossado agora imortal da ASCLEA, Chico Fernandez (acompanhado de familiares), recebeu a honraria nesta manhã. Sancristovense, morando atualmente em Salvador, ele foi celebrado durante a posse em reconhecimento de seus atos em prol da arte local. “A diplomação de Chico Fernandez aconteceu para ressaltarmos seu papel enquanto representante de São Cristóvão dentro e fora de nossa cidade. Neste sentido é preciso falarmos de ‘Sancristovidade’, que é um termo que retrata justamente todo aquele que representa nosso povo tanto aqui quanto fora”, frisou o presidente da ASCLEA, Thiago Fragata.

Em seu discurso de agradecimento, Chico Fernandez pontuou o papel das artes enquanto mobilizadoras sociais. “As artes nos fazem abrir para uma dimensão que o corpo limitado não conhece. Quero deixar aqui registrado a importância da arte pra espiritualidade. A arte é uma experiência de viver de alma e não conhece os limites da religião. Ficarei feliz se puder contribuir com essa academia deixando para os futuros sancristovenses as sementes que hoje estão comigo e que me fizeram realizações como esta de hoje”, enfatizou.

Chico Fernandez
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ÁLBUM FOTOGRÁFICO











Matéria da ASCOM/PMSC
Fotos: Heitor Xavier.

domingo, 6 de janeiro de 2019

ASCLEA REALIZA PALESTRAS CENTENÁRIAS


Historiador Adailton Andrade 

A Academia Sancristovense de Letras e Artes (ASCLEA) realizou no Auditório do Museu de Arte Sacra, centro histórico de São Cristóvão, na última sexta (14/12), as “Palestras centenárias: José Augusto Garcez e Dom Adriano Mandarino Hipolito”. Após uma breve explanação do Presidente, Thiago Fragata, sobre os propósitos e projetos da agremiação fundada em 1º de agosto de 2017, o historiador Adailton Andrade foi convidado a iniciar os trabalhos.

DOM ADRIANO MANDARINO HIPOLITO

Personalidade festejada durante todo o ano de 2018, no Rio de Janeiro, especialmente na Baixada Fluminense, Dom Adriano Mandarino Hipolito seria completamente esquecido em Sergipe, sua terra natal, não fosse a iniciativa da ASCLEA e o incansável pesquisador quem tem como patrono Armindo Guaraná. Adailton Andrade contactou pesquisadores da vida e obra do homenageado, entrevistou familiares, confrontou documentos e palestrou magistralmente para a seleta platéia que atendeu ao covite da agremiação artístico-literária. 

Dom Adriano Mandarino Hypolito nasceu em 1918, em Aracaju/SE. Fez seus primeiros estudos na capital e em São Cristóvão, aonde passou infância e conheceu os franciscanos. Posteriormente estudou nos seminários franciscanos em Salvador/BA; João Pessoa/PB e Rio Negro/PR. Membro da Ordem dos Frades Menores, foi ordenado sacerdote em 18 de outubro de 1942. Virou símbolo da resistência ao regime militar e da luta pelos Direitos Humanos após violência afrontar seu bispado, no Rio de Janeiro. Sequestro, tortura, bombas e pichações fazem parte da vida desse grande personagem da história da Igreja e da Baixada Fluminense. Ao final da preleção, Adailton Andrade destacou que felizmente o que marcará sua passagem entre nós não será os tristes episódios, mas sua grande obra social.

No debate, Marcélio Bomfim, estudioso e vítima do regime autoritário implantado no país em 1964, compartilhou um pouco da sua vida. Na oportunidade, agradeceu ao convite e parabenizou ASCLEA por ser a única voz a recordar este sujeito tão importante na história do Brasil”.

Diferente de Dom Adriano, José Augusto Garcez não é festejado ou lembrado apenas no ano do seu centenário; a poetisa Maria Gloria criou a Ladeira de Poesia José Augusto Garcez em 1992, junto com Iradilson Bispo e outros amigos. Por iniciativa de Thiago Fragata, o Salão de Literatura do Festival de Arte de São Cristóvão foi batizado com o epiteto José Augusto Garcez no ano de 2005.

Na sua palestra, o Presidente da ASCLEA discorreu sobre origem, formação e militância cultural do homem que criou o Museu Sergipe de Arte Tradição em 1948 e o Movimento Cultural de Sergipe em 1953. Fragata lamentou a omissão de pesquisadores da vida e obra de José Augusto Garcez quanto a cidade natal; ele revelou que apesar da cepa familiar (Garcez) e do prestigio alcançado fora do Estado, da ampla rede de sociabilidade, O homenageado experimentou ostracismo/dissabores por questões de natureza política ou despeito de certa intelectualidade encastelada no poder. Ele encerrou sua intervenção citando trecho do recital Garcez Literoativo:

“Alguns homens ousados nascem em São Cristóvão. José Augusto Garcez foi um deles. E é por isso que Camara Cascudo, o pai do Folclore Brasileiro, disse certa feita: Se existisse um Garcez em cada Estado, Ah! Esse Brasil seria outro!”

ÁLBUM FOTOGRÁFICO


Adailton Andrade 
Thiago Fragata